Uma segunda dose

Foto: ED Machado/Folha de Pernambuco

Eu gosto! Claro, se a primeira dose foi saborosa. Diz o ditado, um é pouco, dois é bom, três é demais. Será mesmo? Para alguns a terceira pode manter a boa experiência anterior, amigo, mas para outros, talvez comece a ser demais. Se o cara é “fraco”, haja problema. Por outro lado, um corpo saudável metaboliza sem contratempo. Bastante óbvio, toda essa conversa é a respeito de alguma bebida que nos apetece.

Porém, fazendo as devidas adequações, poderíamos estar falando da vacina pra Covid, leitor. Dentre as usadas no Brasil, com exceção da Jansen, a primeira dose beneficia, mas a segunda é ainda melhor (olhe o ditado aí de novo!). Não estou dizendo nenhuma novidade? É, companheiro, mas tem um bocado de gente que está levando falta no reforço da vacina. Aproveitando essa perna do reforço para explicar a necessidade dessa segunda dose. Que não é nenhuma peculiaridade da vacina anti-Covid.

Várias outras precisam de duas ou mais aplicações para que a eficácia seja incrementada e atinja seu apogeu. É o que chamamos de efeito “booster” e age para reavivar a memória imunológica. Leitor, quando você lê um texto pela segunda vez, não memoriza melhor? Nosso sistema de defesa não é diferente. Opa, estou lá na frente da conversa e nem perguntei se você é familiarizado com a lógica de uma vacina. Acho que sim, né? Afinal, transbordam notícias nas mídias sobre ela.

Ih, mas lá tem tanta coisa falsa, amigo! Desculpe então a chatice, mas vou fazer de conta que você desconhece o assunto. Aquele pequeno volume de líquido que é injetado no seu músculo contém, sob diferentes formas biológicas, milhões de cópias de uma proteína do vírus, estranha para nosso corpo. Que a interpreta como agressor e para se defender de um futuro ataque, tira “retrato” e “impressões digitais” da tal proteína. Enquanto guarda esse registro na memória – o futuro a Deus pertence, né? – já envia um código (tipo um “QR code”, sabe?) para células habilitadas a produzir os almejados anticorpos.

De fato, nada mais que um “exército” com bom treinamento específico para combater aquele invasor. Depois de um tempo, quando não acionados, esses “soldados” vão pra farra e... A segurança sumiu! Calma, calma. Se você contrair esse vírus safadinho, seu corpo vai lançar mão daquela mencionada memória (sobretudo se ela foi reforçada com uma segunda dose) e muito rapidamente novo “exército” será formado. Dando-lhe boa chance de vencer a guerra. Entendeu? Gostou leitor? Não, achou essa exposição com cara de historinha de gibi? Seja mais compreensivo! Até que foi uma boa explicação.

Mesmo que não, pelo menos espero que tenha deixado mais clara a importância da segunda dose. Agende e não esqueça a data. Vale muito a pena e sua família vai agradecer. Enquanto você aguarda, tome uma taça de um bom vinho tinto e depois reforce com a segunda taça. Afinal Dr. Mien-Chie Hung, confiável cientista do MD Anderson (Houston) e da Universidade da China, assevera que o tanino do vinho nos protege do coronavírus. Mas essa é outra conversa, para outro artigo. Por hoje, com duas taças (três seria demais?), tim, tim, brinde à vida.

 

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