Deputados divergem sobre desbloqueio de pauta na Alepe
Lideranças repercutem votação de propostas na Casa
A repercussão dos reflexos do travamento da pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) motivou reações divergentes de lideranças da Casa. Indicado pela Superintendência de Comunicação da Alepe para falar em nome da Casa, o presidente da Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Alberto Feitosa (PL), afirmou corroborar a preocupação de empresários e entidades ligadas ao setor produtivo do estado.
"Comungo da preocupação desses empresários e das entidades que eles representam. Me somo à inquietação deles. Mas quero deixar bem claro que a responsabilidade não é da Assembleia, e, sim, da governadora Raquel Lyra", afirmou.
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Segundo Feitosa, desde 2023, quando o Executivo mandou o primeiro pedido de autorização de empréstimo, deputados e deputadas aprovaram. Deram, diz ele, cheque em branco à governadora. “O montante autorizado chega a R$ 9,2 bilhões até agora", relata.
O presidente da CCLJ destaca que o estado se encontra estagnado há algum tempo. "O que ela tem feito é transferir para a Assembleia a incapacidade que seu governo tem de fazer as coisas", sustenta.
Ao reforçar a necessidade de aprovação das pautas do governo, principalmente do pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão, a líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (UB), justificou que a aprovação dos projetos é fundamental para o desenvolvimento do estado e iniciativas como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR 232.
Ela defendeu também a volta do diálogo entre os pares, ao avaliar que o acirramento é improdutivo para o estado. Socorro declarou que o governo está disposto a negociar, mas apelou para que os legisladores ajam com responsabilidade.
“Essa tensão que hoje vive a casa de Joaquim Nabuco não é produtiva para ninguém, sobretudo para as pessoas que vivem em nosso estado. E o governo vai, com certeza, fazer um pacto, em que todos possam sair devidamente satisfeitos”, garantiu.



