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Embate entre governo e Alepe fica mais tenso

Pauta segue travada enquanto base e oposição acirram debates

Indicação para Noronha acirra ânimos na Assembleia Legislativa de PernambucoIndicação para Noronha acirra ânimos na Assembleia Legislativa de Pernambuco - Foto: Roberto Soares/Alepe

O embate entre governistas e oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) segue marcando as sessões plenárias da Casa. Ontem, o Legislativo adiou pela terceira vez a votação do nome do médico-veterinário Moshe Dayan à presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), porque a bancada do governo não garantiu o quórum de 25 parlamentares para apreciar a matéria. 

Além disso, líderes antagonistas trocaram farpas. Enquanto a disputa perdura, propostas como a aquisição de empréstimo de R$ 1,5 bilhão e a indicação do administrador-geral de Fernando de Noronha não têm previsão para serem votadas. 

Sem quórum

Líderes governistas adotaram a estratégia de não formar quórum para a indicação de Moshe Dayan no plenário da Casa. Eles reivindicam que a Mesa Diretora da Assembleia siga a ordem de votação das pautas de autoria do governo do estado e não priorize apenas a nomeação para a Adagro.

Sem votação da pauta, governistas e opositores voltaram a se enfrentar. A líder do governo na Alepe, Socorro Pimentel, criticou a iniciativa dos deputados Alberto Feitosa (PL), Antonio Coelho (União) e Waldemar Borges (PSB), respectivamente presidentes das comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública, de ingressar com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o governo de Pernambuco em função de um suposto desvio de finalidade na aplicação de parte dos recursos de um empréstimo de R$ 1,7 bilhão retirado junto à Caixa Econômica Federal.

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Socorro Pimentel acusou os legisladores de quererem antecipar a disputa eleitoral de 2026. Ela enfatizou que a narrativa apresentada é fruto da manipulação de dados. Além disso, a parlamentar garantiu a inexistência de irregularidades no manejo dos recursos.

O deputado Antonio Coelho discordou da líder e ressaltou o papel da oposição de fiscalizar dos atos do governo. O parlamentar questionou, entre outros pontos, o ritmo de execução dos recursos pela gestão estadual. Outros deputados como Romero Albuquerque (UB), Edson Vieira (UB) e Feitosa enfatizaram as críticas de Coelho. Já a deputada Débora Almeida (PSDB) saiu em defesa do governo e endossou as críticas de Socorro Pimentel.

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