Especialistas e gestores defendem geração distribuída de energia solar em Pernambuco

Oportunidades e desafios para a produção de energia solar em Pernambuco foram debatidos, nesta quinta (2), em audiência pública na Alepe. Gestores e especialistas defenderam que o Poder Público incentive o modelo de geração distribuída, no qual pequenos e médios consumidores geram energia para uso próprio e destinam o excedente para a rede. Os participantes acreditam ser essa a melhor forma de promover benefícios sociais e preservar o meio ambiente. O encontro foi realizado em conjunto pelas Comissões de Finanças, de Desenvolvimento Econômico e de Negócios Municipais.

O deputado Aluísio Lessa (PSB), que preside o colegiado de Finanças, destacou que a energia produzida por meio das placas fotovoltaicas tem baixo custo e se utiliza de uma fonte “infinita” e abundante no Brasil, o Sol. Ele encaminhou às autoridades presentes questionamentos feitos por empreendedores que desenvolvem projetos com essa matriz energética, principalmente sobre limitações na rede de distribuição. “A energia solar é limpa, sustentável e renovável”, reforçou.

O socialista lamentou a ausência de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os dois órgãos serão novamente convidados para uma reunião, desta vez com a bancada federal pernambucana e membros do Ministério Público Federal (MPF). Lessa ainda citou incentivos fiscais do Governo do Estado buscando interiorizar o desenvolvimento e a conclusão da eletrificação rural pela concessionária Neoenergia.

Gerente de Relacionamento com Grandes Clientes da Neoenergia, Rafael Motta informou que Pernambuco tem cerca de 32 mil unidades beneficiadas pela energia fotovoltaica, somando as 18 mil que produzem para consumo próprio e outras 14 mil que elas atendem. Em todo o Brasil, esse número chega a 800 mil. “Recebemos, em média, 2 mil projetos de geração distribuída por mês e ligamos, aproximadamente, 1,5 mil. O crescimento em 2021 foi de 200%”, disse.

O executivo enfatizou que as duas usinas solares instaladas em Fernando de Noronha a partir de 2017 hoje respondem por 10% do consumo de energia do arquipélago. De acordo com ele, o Sertão é uma das regiões mais procuradas por consumidores interessados em projetos de energia solar, mas há limitação para o escoamento da produção. “A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vem trabalhando para que se possam direcionar os investimentos na rede de transmissão.”

Gerente de Gestão de Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, José Carlos Medeiros Leite explicou que o Governo tem feito parcerias com a Neoenergia em todas as macrorregiões, tanto na construção de subestações como de linhas de transmissão. Segundo ele, novos leilões federais de energia devem ampliar a geração e distribuição da energia solar.

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