Insegurança alimentar na pauta da Câmara do Recife
Em meio a maior crise sanitária do País, cerca de 60% da população brasileira apresenta algum grau de insegurança alimentar nesse período. Diante do cenário, a Câmara Municipal do Recife promoveu uma audiência pública, ontem, com o objetivo de subsidiar políticas públicas para a capital pernambucana sobre segurança alimentar.
O debate foi realizado pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) que manifesta sua preocupação com o momento e destacou a falta de comprometimento do governo federal em auxiliar no segundo maior problema do Brasil, depois da pandemia da Covid-19.
A vereadora Cida Pedrosa chamou atenção para o valor do auxílio emergencial federal, que não consegue cobrir o valor de uma cesta básica no Recife. “Ele (governo federal) passou três meses para renovar o auxílio e ao renovar, restituiu com o valor que não cobre nem a cesta básica. Os valores variam de R$150 a R$350. Uma cesta básica na cidade do Recife custa R$495”, enfatizou a vereadora.
AME
A autora do requerimento da audiência pública ainda enfatizou os trabalhos que a Prefeitura do Recife tem realizado na cidade como o Auxílio Municipal Emergencial (AME) e o esforço dos vereadores para implementar o programa de Renda Básica na capital.
A audiência pública contou com a participação do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que compartilhou as políticas públicas emergenciais adotadas no estado para combater a insegurança alimentar, como o plano Comida na Mesa e o Vale Gás.
“Tentamos cumprir, suprir lacunas deixadas pelas políticas equivocadas, pelas políticas desastradas, políticas insanas entronizadas pela esfera do governo federal”, destacou o gestor.
Na ocasião, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) também nomeou os programas e políticas públicas do Governo do Estado voltados à segurança alimentar e destacou a saída e a volta do Brasil no Mapa da Fome.
Também estiveram presentes e participaram do o debate sobre insegurança alimentar promovido por Cida Pedrosa, a secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Política sobre Drogas e Direitos Humanos, Rita Suassuna; e o jornalista Moriti Neto.