Sáb, 06 de Dezembro

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Presidente de fundação do PT diz que não preocupa João Campos ser apontado como sucessor de Lula

Para Paulo Okamotto, prefeito do Recife representa bem ideais do presidente, mesmo não sendo do PT 

Paulo Okamotto, Presidente da Fundação Perseu AbramoPaulo Okamotto, Presidente da Fundação Perseu Abramo - Arthur Botelho/Folha de Pernambuco

O presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, não vê com preocupação o fato do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ser apontado como sucessor do presidente Lula (PT). A declaração foi dada durante entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM, nesta quarta-feira (3).

Ele, que preside a entidade de apoio intelectual e estratégico da legenda, também teceu elogios ao prefeito e ao falecido ex-governador Eduardo Campos, pai de João.

"A mim não me preocupa (João ser apontado como sucessor). Gostaria que tivesse, no Brasil afora, centenas de prefeitos como João, porque o que me interessa como sujeito que pensa na melhoria da vida do povo é ter pessoas boas", afirmou.

O presidente da fundação ressaltou que a missão de encontrar um sucessor para o atual presidente da República é difícil. Mas acrescentou que existem defensores das ideias de Lula e que poderiam ser herdeiros do legado do chefe do Executivo.

"Lula é insubstituível, infelizmente. (...) O que nós precisamos, podemos e devemos fazer é fazer com que mais pessoas tenham o mesmo comprometimento que Lula tem", disse.

Dificuldade 
Paulo Okamotto comentou as dificuldades da esquerda de formar novas lideranças. Ele argumentou que isso se dá pelo fato de muitos espaços, como sindicatos, terem perdido força ao longo dos anos, enquanto a direita se fortaleceu.

"A esquerda tem mais dificuldade de projetar pessoas", enfatizou. "A direita tem muito mais condições de projetar seus quadros. Porque uma associação empresarial, uma associação comercial, um quartel ou uma igreja projetam quadros", complementou.

Politização 
Outro desafio apontado pelo petista é fazer com que a população reflita sobre determinadas pautas. Ele citou como exemplo a derrubada dos vetos do presidente sobre mudanças na legislação ambiental aprovadas pelo Congresso Nacional.

"Politizar o povo lá na base, no bairro e no local de trabalho não é uma coisa tão simples", opinou.

Veja a íntegra da entrevista:

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