Projetos para Pernambuco na Chamada Nordeste somam R$ 7,1 bilhões
Empresas apresentaram 37 planos de negócio voltados para o estado
Empresas participantes da Chamada Nordeste apresentaram 37 planos de negócio para estruturar projetos em Pernambuco, que totalizam R$ 7,1 bilhões em demanda de crédito. O resultado estadual integra o conjunto de 246 propostas submetidas ao edital, que somam R$ 127,8 bilhões em investimentos. A iniciativa, articulada pela Sudene em parceria com instituições financeiras federais e o Consórcio Nordeste, busca fomentar investimentos estratégicos no Nordeste, alinhados às diretrizes da Nova Indústria Brasil.
“O BNDES fez, em conjunto com as instituições parceiras e o Consórcio do Nordeste, um grande esforço de viagens e encontros empresariais, percorrendo todos os estados da Região Nordeste para apresentar a chamada de projetos. O resultado foi extraordinário e apontou o enorme potencial da região. Nosso compromisso é que os projetos consistentes serão atendidos, mesmo que para isso a gente tenha que elevar os valores incialmente alocados para essa chamada. Sob orientação do presidente Lula, o BNDES está de mãos dadas com o Nordeste para transformar boas ideias em oportunidades concretas", afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
"O volume e a diversidade dos projetos apresentados mostram como cada estado do Nordeste possui potencial significativo para investimentos produtivos. Os resultados também demonstram que o setor produtivo regional está preparado para identificar oportunidades e estruturar iniciativas capazes de gerar emprego, inovação e desenvolvimento", afirmou o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre.
Para o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, a resposta do setor produtivo à Chamada Nordeste é a prova definitiva de que a região precisava de uma oportunidade real de investimento para mostrar o seu imenso potencial.
“Diante de quem historicamente duvidou da nossa capacidade, respondemos com projetos que são o futuro da indústria brasileira. Esta parceria que construímos com o Governo Federal, os bancos de fomento e demais entidades parceiras, abriu a porta que o nosso dinamismo e a nossa vontade de fazer precisavam. Eu tenho plena certeza de que estamos diante de um ponto de virada, onde o Nordeste se consolida como a maior fronteira de investimento do país e um polo de desenvolvimento que irá, de forma definitiva, liderar a nova industrialização nacional”, afirmou.
“A variedade e o volume de projetos apresentados mostram que o Nordeste é hoje um território de oportunidades estratégicas para o setor produtivo”, comentou o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre.
Para o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, a Chamada Nordeste é um marco. “Fortalece políticas públicas, promove inovação, amplia a competitividade regional e contribui para a redução das assimetrias históricas que ainda marcam o país. É a demonstração de que, quando articulamos instituições, ciência e setor produtivo, construímos as bases de um desenvolvimento sustentável e socialmente justo”, afirma.
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, também destacou a relevância do movimento: “A Chamada Nordeste mostra a força da nossa região e a confiança dos investidores no papel estratégico que o Nordeste terá na Nova Indústria Brasil. É um passo importante e concreto para avançarmos em setores de futuro, como hidrogênio verde, energias renováveis e bioeconomia. Contamos com o apoio fundamental do presidente Lula, que tem priorizado o desenvolvimento da indústria nacional e regional, criando as condições necessárias para que o Nordeste lidere essa agenda de inovação e sustentabilidade.”
Tarso de Assis, Vice-Presidente de Negócios de Atacado da Caixa, avalia que a iniciativa é estratégica para ampliar o acesso ao crédito e democratizar o financiamento de soluções inovadoras para a região. "Ao integrar esse esforço, a Caixa reforça seu compromisso com o desenvolvimento regional, atuando como agente catalisador da inclusão produtiva e do fortalecimento das cadeias industriais prioritárias", afirmou.
“Para José Ricardo Sasseron, Vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, a Chamada representa um marco histórico para a reindustrialização da região. “O Banco do Brasil reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação, atuando de forma integrada com outras instituições federais para apoiar projetos estruturantes. A forte participação reforça o potencial transformador dessa iniciativa para o Nordeste.”
As propostas passam agora por análise de enquadramento e avaliação conforme os critérios da chamada. O resultado será divulgado até 28 de novembro. A partir daí, os planos de negócio selecionados contarão com suporte conjunto das instituições financeiras participantes, que estruturarão os instrumentos de apoio mais adequados às necessidades de cada projeto.
Panorama regional
No recorte por áreas temáticas, o destaque foi a transição energética voltada ao armazenamento, que concentrou 54 propostas e R$ 15,3 bilhões em demanda de crédito. Em seguida aparecem a bioeconomia com foco em fármacos, com 44 projetos (R$ 5,4 bilhões); o hidrogênio verde, com 32 iniciativas (R$ 54,3 bilhões); data centers verdes, com 35 propostas (R$ 16,9 bilhões); e o setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas, com 40 projetos (R$ 25,2 bilhões). Além disso, 41 planos de negócio foram apresentados em caráter transversal, abrangendo mais de um segmento, e somam R$ 10,4 bilhões em crédito solicitado.
Na análise por estados, a Bahia concentrou o maior número de propostas: 63 planos de negócio, que totalizam R$ 39 bilhões em demanda de crédito. Em seguida aparecem o Ceará, com 38 projetos (R$ 24,7 bilhões), e Pernambuco, com 37 propostas que somam R$ 7,1 bilhões. Rio Grande do Norte e Maranhão registraram 17 iniciativas cada, com demandas de R$ 1,6 bilhão e R$ 24,7 bilhões, respectivamente. Completam o levantamento Alagoas, com 13 propostas (R$ 4,2 bilhões); Paraíba, com 15 projetos (R$ 671 milhões); Piauí, com 13 planos (R$ 9,2 bilhões); e Sergipe, com 11 iniciativas (R$ 11,8 bilhões). Além disso, 22 propostas, que somam R$ 4,4 bilhões, foram destinadas a projetos com impacto em mais de um estado.
A Chamada Nordeste é uma iniciativa conjunta entre a Sudene, BNDES, Finep, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Consórcio Nordeste para estimular investimentos em projetos estratégicos para a região, convergentes com as diretrizes da Nova Indústria Brasil.
A seleção conta com R$ 10 bilhões em orçamento. Os participantes puderam submeter propostas envolvendo projetos de engenharia, aquisição de máquinas, contratação de recursos humanos, instalação de plantas piloto, infraestrutura física, de pesquisa ou industrial, além do custeio de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.



