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Raquel Lyra se filia ao PSD e assume presidência estadual do partido

Governadora de Pernambuco sucede André de Paula no comando da legenda no Estado

Raquel Lyra se filia ao PSD e assume presidência estadual do partidoRaquel Lyra se filia ao PSD e assume presidência estadual do partido - Rafael Melo/Folha de Pernambuco

A governadora Raquel Lyra se filiou oficialmente ao PSD nesta segunda-feira (10), em cerimônia realizada no Recife Expocenter. Ao lado do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, a ex-tucana foi anunciada como a nova presidente estadual da sigla, assumindo o posto que era do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.

"A governadora assume a presidência estadual do PSD e será muito bem-vinda como comandante do nosso partido", afirmou Gilberto Kassab. 

Segundo Raquel Lyra, a filiação ao PSD aconteceu de maneira natural. 

"Essa filiação acontece a partir de um processo natural de maturação e construção coletiva no entendimento de que sou muito grata a todos aqueles que colaboraram para que eu pudesse estar aqui durante a minha trajetória pessoal e política. Sou grata à minha família, aos amigos, ao PSDB, que me abrigou por duas vezes como candidata à prefeita e prefeita eleita de Caruaru e também como candidata à governadora e governadora eleita do nosso Estado", destacou. 

 

O ministro esteve presente na cerimônia e repassou o cargo em um gesto de cortesia. Durante o evento, João Lyra, pai de Raquel, também foi convidado publicamente a se filiar ao partido e aceitou o convite.

"Eu quero fazer um pedido de casamento e quero saber se o João Lyra aceita também se casar com o PSD e se filiar", perguntou Kassab.

Presente no evento, a prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), reiterou a importância da chegada de Raquel ao PSD. 

"Esse povo aqui quer sua continuidade por mais quatro anos e quanto mais vierem pela frente. A vinda para o PSD consolida um projeto que não é pessoal, mas sim para mudar a vida das pessoas", disse

Mesmo sem representantes na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e na bancada federal, o PSD tem a maior bancada do Senado, com 15 representantes, além de 42 nomes na Câmara e dois governadores, casos de Fábio Mitidieri, de Sergipe, e Ratinho Júnior, do Paraná. Em 2024, o partido foi também o que mais elegeu prefeitos, com 891 nomes. Mais do que o triplo alcançado pelo PSDB, que conseguiu 276.

Especula-se que outros dois nomes do PSDB podem migrar para a legenda: os governadores Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul). O novo partido de Raquel Lyra possui também mais tempo de propaganda na televisão e maior capacidade de arrecadação por meio do fundo partidário. Vale citar que dois aliados da governadora de Pernambuco já estão no PSD: Daniel Coelho, que concorreu à prefeitura do Recife no ano passado, e a atual prefeita de Olinda, Mirella Almeida.

Mudanças
A alteração partidária da governadora ocorre em meio a uma reformulação do cenário político estadual. Com a saída do PSDB, o comando da legenda no Estado deve ficar com o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), que tem se distanciado do governo e se aproximado do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Esse movimento pode levar o PSDB a se tornar um potencial adversário da governadora na disputa de 2026.

Em movimento contrário, Priscila Krause se filiou ao PSDB. Atual presidente da federação Cidadania-PSDB em Pernambuco, a presença da nova tucana no partido reforça o desejo de Raquel Lyra em manter o controle da legenda no Estado, sem deixar que saia da base do seu Governo.

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