Solenidade na Alepe celebra os 10 anos dos Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento da Violência

A solenidade foi uma iniciativa do deputado estadual Professor Paulo Dutra (PSB)

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Nesta segunda, 6, data em que se comemora o dia nacional de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres, escolares de várias unidades da rede pública de ensino reuniram-se na Assembleia Legislativa de Pernambuco com objetivo de celebrar os dez anos de criação dos Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento da Violência contra a Mulher (NEG), que funcionam em mais de 200 escolas públicas de Pernambuco. A solenidade foi uma iniciativa do deputado estadual Paulo Dutra (PSB).

Os Núcleos de Gênero foram criados em 2011 por meio de uma parceria entre a primeira secretária da mulher de Pernambuco, Cristina Cordeiro, e do então secretário executivo de educação e hoje deputado estadual, Paulo Dutra. No início foram implantados núcleos em 5 escolas, de forma experimental. Hoje, são 203 NEG’s espalhados em escolas de todo o Estado. Além do deputado Professor Paulo Dutra e da ex-secretária da mulher e atual consultora da ONU Mulher, Cristina Buarque, fizeram parte da mesa a secretária executiva da mulher, Ana Cláudia Callou, a secretária executiva de educação, Maria Medeiros, e a Gerente Regional de Educação, Neuza Pontes.

Em sua fala, o parlamentar reforçou o caráter transformador que os núcleos de estudos de gênero e enfrentamento da violência contra a mulher ganharam ao longo da última década: “Esses núcleos proporcionam a todas e todos que fazem a comunidade escolar, a possibilidade de refletir, de discutir, produzir sobre o tema e, acima de tudo, desconstruir antigas mentalidades e práticas e construir uma sociedade melhor para todas e todos. Hoje é um dia carregado de significados”. Paulo Dutra falou ainda sobre a importância deste momento ter sido realizado no dia 6 de dezembro: “Hoje é o dia nacional de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres e enquanto homem, professor, cidadão e político me coloco não como protagonista, mas como um aliado inconteste desta luta”, disse.

A ex-secretária da mulher de Pernambuco, Cristina Buarque, primeira a assumir esse posto no estado, falou sobre a função política assumidas pelos NEGs dentro das propostas pedagógicas das escolas. “Os núcleos de gênero vieram para criar um espaço de educação diferenciada dentro da escola. Não nos basta aprender matemática, geografia e português. É muito importante, mas não dá conta para poder ser digno. Para ser digno é preciso entender que o país precisa mudar esses valores mesquinhos através dos quais ele elege hoje quem elegeu para a presidência da república. Nós precisamos retirar isto da história do Brasil e nós precisamos colocar na história desse país e na história da educação deste estado algo muito forte: os núcleos de estudos de gênero”, explicou Cristina.

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Maria Medeiros, secretária executiva de educação integral e profissional, falou sobre o trabalho desenvolvido pelos NEG’s: “Esse momento é oportuno também para que as pessoas conheçam um pouco mais do trabalho que nós desenvolvemos nos núcleos. E aí eu quero dizer que nós temos por objetivo nos núcleos de estudos de gênero e enfrentamento da violência contra a mulher o desenvolvimento de práticas comprometidas com a transformação social a partir da promoção da igualdade de gênero. Lá no núcleo a gente abre espaço para as diferenças, para o gênero, para debater preconceitos contra a população negra, contra a população LGBTQIA+... E todas as questões que se referem à temática de gênero”, detalhou.

Já Ana Callou, secretária executiva da secretaria da mulher, exaltou a luta das mulheres por meio dos Núcleos de Gênero: “Quero dizer a cada uma e a cada um de vocês que esses dez anos só fazem sentido porque vocês estão aqui. Esses dez anos só fazem sentido porque tivemos mulheres e homens que lutaram antes da gente. Esses dez anos só fazem sentido porque enquanto nós nos sentirmos excluídos e excluídas, enquanto a gente precisarmos lutar, vamos estar juntas nas ruas, nos campos, nas águas, nas florestas, nas áreas urbana e rural. Vamos continuar na luta”. E a gerente da GRE Recife Norte, Neuza Pontes, fez uma fala direcionada às meninas e mulheres que estiveram presentes: “Que a gente possa minimizar os impactos e as situações vividas por tantas de violência. É preciso, meninas, dizer aqui para vocês, o quanto vocês podem e precisam ter essa ação e participação de autonomia, de construção e de participação na sociedade”.

Além de educadores e gestores, a solenidade contou com a participação de estudantes da EREM Ginásio Pernambucano, EREM Sizenando Silveira, EREM Padre Nércio Rodrigues, EREM Padre Osmar Novaes, EREM Padre Francisco, EREM Guedes Alcoforado, EREM Silva Jardim, ETE Ginásio Pernambucano, ETE Porto Digital e da ETE Almirante Soares Dutra.

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