Jaguar Land Rover anuncia retorno parcial de seu sistema, afetado por ciberataque
Fábricas permanecerão fechadas até, pelo menos, 1° de outubro
O fabricante automotivo britânico Jaguar Land Rover (JLR), obrigado desde o início de setembro a pausar sua produção devido a um ciberataque, anunciou nesta quinta-feira (25) a retomada parcial de seus sistemas informáticos, mas suas fábricas permanecerão fechadas pelo menos até 1° de outubro.
"Algumas partes de nossa infraestrutura digital estão agora operacionais", indicou a empresa em um comunicado, especificando que isso diz respeito ao faturamento, à gestão de peças de reposição e às vendas de veículos aos distribuidores.
A empresa poderá cancelar "mais rapidamente os pagamentos pendentes aos fornecedores", continuar "garantindo a manutenção" e "vender e registrar os veículos mais rapidamente, o que permite gerar um fluxo de caixa importante".
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Consultado pela AFP, o grupo acrescentou que a data de reinício da produção, já várias vezes adiada e fixada desde terça-feira para 1° de outubro, não mudou.
A JLR, propriedade do grupo indiano Tata Motors, havia revelado em 2 de setembro que foi afetada por um ciberataque que a obrigou a encerrar seus sistemas, impactando "gravemente" suas "atividades de vendas e produção".
Posteriormente, reconheceu que "alguns dados foram afetados", sem especificar a extensão nem se foram roubados. Também não detalhou se esses dados dizem respeito a fornecedores ou clientes.
O governo britânico e os representantes dos fabricantes automotivos do Reino Unido manifestaram preocupação na semana passada com potenciais repercussões para o setor.
Em uma indústria que emprega mais de 800 mil pessoas, muitas delas em pequenas e médias empresas, crescem as preocupações de que uma suspensão prolongada provoque demissões ou falências, em particular entre os subcontratados.
Vários meios de comunicação britânicos informaram, nesta quinta-feira, que o governo planeja intervir para ajudar os fornecedores afetados a superar a crise.
Este incidente cibernético ocorreu após uma recente onda de ciberataques que afetaram várias redes de lojas no Reino Unido, como Marks & Spencer, Harrods e Co-op.



