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Leapmotor B10: SUV elétrico chinês com porte de Compass chega ao Brasil em 2025

Aposta da Stellantis nos elétricos, carro estreia no país para disputar com rivais chineses

Leapmotor B10 vai figurar na categoria dos SUVs médiosLeapmotor B10 vai figurar na categoria dos SUVs médios - Stellantis/Divulgação

O mercado de SUVs elétricos vai ganhar um novo competidor de peso no Brasil. A Leapmotor, montadora chinesa que tem como sócia a gigante Stellantis (detentora de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), acaba de anunciar que vai começar suas operações por aqui no segundo semestre de 2025 e vai trazer dois carros esportivos 100% elétricos já na estreia.

Além do C10, modelo já confirmado anteriormente, a marca desembarca com o B10, um SUV médio com dimensões e proposta similares às do Jeep Compass, mas com coração elétrico e pitada tecnológica.

Com a chegada, o modelo chinês entra na briga direta com rivais como o BYD Yuan Plus, o Chery Omoda E5 e o futuro Geely EX5.

Design e dimensões de respeito
Com 4,515 metros de comprimento, 1,855 m de largura e 1,655 m de altura, o Leapmotor B10 tem proporções muito próximas às de um Compass, mas ganha no entre-eixos, com 2,735 m, o que deve se traduzir em mais espaço interno, especialmente para quem viaja no banco de trás.

 O porta-malas, no entanto, entrega 420 litros, o que fica abaixo da média da categoria (e apenas ligeiramente à frente do próprio Compass, que leva 410 litros).

Visualmente, o B10 traz rodas de 18 polegadas, perfil aerodinâmico e linhas sóbrias que revelam sua proposta familiar, mas moderna.

Lepmotor B10Apesar das boas dimensões, o Lepmotor B10 vem com porta-malas de 420 litros, um pouco abaixo da média da categoria | Foto: Stellantis/Divulgação

Potência elétrica e autonomia competitiva
O SUV vem equipado com motor elétrico traseiro (e tração traseira) que entrega 218 cv de potência e 24,5 kgfm de torque. As baterias serão oferecidas em duas versões:

- 56,2 kWh, com autonomia de 380 km no ciclo chinês (CLTC)

- 67,1 kWh, com alcance de até 460 km

Esses números, embora otimistas segundo o padrão CLTC, indicam que o Leapmotor B10 deve oferecer algo em torno de 300km a 400 km de autonomia real em uso urbano e rodoviário. Em estações de recarga rápida, o tempo de 30% a 80% da carga leva cerca de 30 minutos.

Interior com bastante tecnologia
No quesito conectividade e conforto, o B10 promete não decepcionar. Entre os principais destaques, estão:

- Central multimídia de 14,6 polegadas;

- Painel digital de 8,8 polegadas;

- Comandos por voz;

- Sistema de karaokê (sim, você leu certo);

- e bancos dianteiros com ajustes elétricos.

Tudo isso num interior que promete acabamento acima da média e pegada minimalista, como já virou tendência entre os elétricos chineses.

Segurança de ponta
Mesmo nas versões de entrada, o SUV trará um pacote generoso de assistências à condução:

- Frenagem autônoma de emergência

- Alerta de saída e centralização de faixa

- Piloto automático adaptativo

Já nas configurações mais completas, vem o alerta de ponto cego e assistente de estacionamento.

Expectativas para o Brasil
Embora a Stellantis ainda não tenha revelado os preços oficiais para o mercado brasileiro, a expectativa é de que o Leapmotor B10 chegue por volta dos R$ 250 mil, já considerando o novo aumento do imposto de importação para veículos elétricos, que começa a valer em julho.

A distribuição será feita em 34 pontos de venda, com forte apoio da rede já estabelecida da Stellantis, o que deve garantir uma boa estrutura de pós-venda e visibilidade para a marca.

Com porte competitivo e o respaldo de um gigante como a Stellantis, o Leapmotor B10 chega para esquentar ainda mais o segmento de SUVs elétricos médios no Brasil, mas resta saber se o preço e a infraestrutura de carregamento vão acompanhar esse avanço.

Planos até 2027
A Leapmotor promete trazer mais dois modelos até 2027. Um deles será provavelmente o C16, SUV maior com capacidade para seis ocupantes. O outro ainda é mantido em segredo, mas há rumores de que pode ser o sedã B01 ou até mesmo uma nova geração do compacto T03 — este último, descartado inicialmente para o Brasil, mas com chances de reaparecer em versão reformulada.

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