Valuation impacta a forma de investir

Fabiana Nunes, sócia do Nunes Costa Advocacia - Thiago Medeiros/Divulgação

Quem é dono do seu próprio negócio já deve ter se perguntado quanto realmente a empresa vale. Uma resposta como essa consegue influenciar decisões empresarias importantes, tanto na atração de investimentos, como na fusão com outras empresas, ou até mesmo a venda, saber o valor do negócio e definir futuras ações. O valor da empresa é chamado Valuation, e com isso é possível alinhar as expectativas para os próximos anos e entender o quanto a empresa pode crescer. 

Segundo a advogada e sócia do escritório Nunes | Costa Advocacia, Fabiana Nunes, o processo de Valuation vive um momento muito interessante. As empresas estão sendo vendidas por preços muito bons. 

“O termo em M&A (Mergers & Acquisitions), que em português significa Fusões e Aquisições, é utilizado para denominar, de forma genérica, as operações de compra e venda de empresas. E o mercado de M&A vive um momento muito bom. Estamos diante de uma janela de oportunidade. As empresas estão sendo vendidas por bons preços. Isso se deve a alguns fatores. Posso destacar alguns. O primeiro é que o mundo vive um excesso de liquidez. Pra ilustrar, destaco que o Dry Powder (que em linhas gerais, pode ser definido como o dinheiro disponível dos fundos para compra de empresas), que, há 15 anos era U$ 0,5 trilhões, alcançou em 2020 o patamar de US$ 3 trilhões”, contou. 

De acordo com Fabiana, a realidade de juros baixos também contribuiu para o aquecimento do mercado de M&A. “A dificuldade de alta rentabilização de recursos via aplicações financeiras por conta da baixa dos juros, torna o investimento na economia real uma possibilidade mais atraente. E há, basicamente, duas formas de se operacionalizar isso : aplicando na bolsa de valores ou comprando participações societárias em empresas”, afirmou a sócia do Nunes I Costa Advocacia.

A advogada conta que as empresas estão se organizando melhor, e as pessoas que investem nesse segmento conseguem hoje obter um bom retorno financeiro, desde que tomem os devidos cuidados. 

“O mercado no Brasil hoje tem setores mais atraentes, como saúde, educação, agro, energia e principalmente o de tecnologia. Porém a demanda hoje está tão alta que esses setores não estão sendo capazes de absorver o dinheiro dos fundos de investimento que estão presos. O valuation delas está bem avaliado, com preços atrativos. As empresas precisam estar atentas as regras de anticorrupção, a Lei Geral de Proteção de Dados, ter um controle rígido do passivo trabalhista e tributário, ter uma estrutura de governança fácil e atraente. Os fundos têm suas regras e precisam prestar contas”, finalizou Fabiana Nunes

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