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Abrigo de animais é atingido por enchentes em Igarassu; um cachorro morreu

O lugar acolhe mais de 150 animais resgatados da vulnerabilidade e agora precisa de ajuda

Abrigo Mãos e Patas, de Igarassu, precisa de aujuda para se reerguer após perder a boa parte de sua estrutura com enchenteAbrigo Mãos e Patas, de Igarassu, precisa de aujuda para se reerguer após perder a boa parte de sua estrutura com enchente - Cortesia

Um abrigo de animais localizado em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi atingido pelo transbordamento do Rio São Domingos, que corta o município, no sábado (28). O local está arrecadando doações para se reestruturar. 

Um cãozinho morreu na enchente e outro está desaparecido. O local ainda está contabilizando os animais para identificar se há mais desaparecidos. 

Guará, cãozinho que morreu vítima das enchentes em Igarassu - Cortesia
Guará, cãozinho que morreu vítima das enchentes em Igarassu - Cortesia

Toda a área do Abrigo Mãos e Patas (AMEP) foi atingida e ao menos seis canis, ração, medicamentos e materiais de limpeza foram destruídos e carregados pela força da água. 

Área do Abrigo Mãos e Patas após a enchente em Igarassu - Cortesia
Área do Abrigo Mãos e Patas após a enchente em Igarassu - Cortesia

Administrado pelo Projeto Mãos e Patas(@projetomaosepatas), uma ONG que atua reabilitando animais para adoção, o abrigo AMEP cuida de mais de 150 animais dispostos em uma área ampla que possibilita seus cuidados. 

Mantido através de doações, um dos grandes problemas do abrigo é a proximidade com o Rio São Domingos, que transbordou no último sábado (28). 

"De vez em quando tem enchentes com as chuvas, mas nunca nessa proporção. Então a gente está chamando o que aconteceu de enxurrada. Entre 5h30 da manhã até 7h30 a chuva deixou o lugar desse jeito. Foi muito de repente. Subiu rápido e baixou rápido também", explicou Magda Abreu, médica-veterinária responsável pelo projeto Projeto Mãos e Patas. 

A cidade de Igarassu decretou estado e emergência devido às chuvas do final de semana. 

No abrigo, os animais precisaram ser resgatados pela força e coragem dos colaboradores e amantes dos animais. 

Cenário de destruição poucas horas após as enchentes que tomaram Igarassu no sábado (28) - Cortesia
Cenário de destruição poucas horas após as enchentes que tomaram Igarassu no sábado (28) - Cortesia

Durante a enchente, a equipe que trabalha no abrigo foi flagrada colocando a vida em risco para resgatar os animais em meio à água que tomou o local. 

"Faz dias que a gente não dorme, porque continuam alertas de chuva, então ficamos com medo de acontecer novamente", disse Magda. 

Ajuda

Com o recuo do rio, o que ficou no abrigo foi um cenário de destruição. Seis canis, que comportavam cada um até cinco cães, foram completamente destruídos pela correnteza. 

"A gente precisa o mais rápido possível reestabelecer um ambiente externo para que eles possam voltar a ter as solturas. Porque o estresse do acidente junto com a questão do salvamento deixa eles estressados. Enclausurados eles ficam mais ainda. Então quando não há a soltura, que eles estavam acostumados à rotina de soltura, isso vai causando estresse. Então a gente pede, pelo amor de Deus, que as pessoas se sensibilizem com a situação desses animais e nos ajude a reerguer essa parte onde a gente possa recolocá-los", disse Magda. 

Para que o lugar fique restaurado, o projeto pede doações, principalmente para recuperar a estrutura física que foi destruída pela enchente. Voluntários que possam atuar com sua força física são bem-vindos. 

"As necessidades são tantas que a gente nem sabe por onde começa, mas principalmente alimento pois não estamos podendo comprar. Principalmente para os gatos. Tem chegado para cães, mas para gatos muito pouco e temos pelo menos 50 gatos lá. Também precisamos de tijolo, de telha, de madeira, de cimento, de tudo que se refere à construção. Mão de obra, de pedreiro, de gente que possa ajudar a construir ou até projetar de uma forma melhor para que a água não chegue mais em uma situação parecida com essa", informou a médica-veterinária. 

O abrigo acolhe aproximadamente 50 gatos - CortesiaO abrigo acolhe aproximadamente 50 gatos - Cortesia

As doações podem ser realizadas através do Pix, que é o CNPJ da ONG: 22.055.400/0001-37. Além disso, também é possível entrar em contato com o abrigo pelas redes sociais. 

Risco constante

Segundo a médica-veterinária, a tendência do local é ficar cada vez mais suscetível às intempéries por conta do rio de margens desprotegidas. 

"A tendência é de que se nada for feito para resolver o assoreamento desse rio é isso acontecer de novo. Ele não tem profundidade então a água quando vem ela ocupa o espaço que vê pela frente"

Ações de Saúde

Nesta segunda-feira (30), o Grad Brasil (@gradbrasil) e o Instituto Claudemir Lima (@instituto.claudemirlima) foram ao local para prestar atendimento de saúde aos animais. 

Além disso, Claudemir Lima e vários outros voluntários colocaram a mão na massa para tirar os escombros e limpar a área atingida. 

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