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Inteligência artificial ajuda tutores com dúvidas sobre pets com deficiência

Marrom, como é chamada a ferramenta, pode ser acessada através de conversas no WhatsApp

Marrom, nome escolhido para a IA, é inspirado em um cãozinho paraplégicoMarrom, nome escolhido para a IA, é inspirado em um cãozinho paraplégico - Instituto Cãodeirante / Divulgação

Uma ferramenta de Inteligência Artificial foi criada para que tutores tirem dúvidas sobre pets com deficiência. Trata-se de "Marrom", que pode ser acessado através de uma conversa de WhatsApp. 

Criado pelo Instituto Cãodeirante, uma ONG que facilita a adoção de pets com deficiências, Marrom visa a facilitar a vida de tutores e pets com deficiência no Brasil.

Os usuários do aplicativo de mensagens precisam apenas iniciar uma conversa com o número (11) 96310-0472 para tirar dúvidas e obter informações sobre adoção e os cuidados de animais com deficiência. 

Inteligência Artificial Marrom tira dúvidas sobre cães e gatos com deficiência - Divulgação/Instituto Cãodeirante
Inteligência Artificial Marrom tira dúvidas sobre cães e gatos com deficiência - Divulgação/Instituto Cãodeirante

"Conforme as pessoas interagem com a ferramenta, sua base de dados cresce organicamente, mapeando dúvidas frequentes e ampliando seu conhecimento para solucionar também dúvidas gerais sobre a rotina dos pets", explica Thales Alarcon, sócio da ia2, empresa que desenvolveu a ferramenta.

A iniciativa homenageia Marrom, um cãozinho cadeirante que viveu por sete anos com a psicóloga Sophia Porto Kalaf, fundadora e presidente do Instituto, após ser resgatado de um atropelamento e passar três anos em um abrigo. 

"A convivência com o Marrom foi determinante para a criação da ONG. Agora, ele ganha vida em formato digital para orientar tutores e interessados de forma acessível e empática", diz Sophia.

A tecnologia está em sua primeira fase. O próximo passo é a elaboração de uma “jornada de responsabilidade”, processo no qual os interessados em adotar um animal com deficiência poderão avaliar se eles realmente estão aptos e têm condições de cuidar destes animais. 

A seguir, a terceira fase será um app, construído a partir do conhecimento de especialistas, de uma comunidade de amantes de animais e interessados no universo dos pets com deficiência. O app poderá mapear os animais que precisam de auxílio e adoção em todo o país, conectando os pets com aqueles que desejem dar um lar, cuidado e amor.

“Em um universo muitas vezes marcado por pressões estéticas e comerciais — cachorros de determinadas raças ou cores têm uma taxa muito maior de adoção do que os que não se encaixam nesses padrões —, os animais com deficiência sofrem ainda mais”, afirma Sophia. 

Já outros vivem normalmente com suas famílias de tutores até sofrerem um acidente – por exemplo um atropelamento.

“Na imensa maioria dos casos, eles são abandonados e passam a ser animais desassistidos, em situação muito precária. Frequentemente, até profissionais veterinários sugerem a eutanásia, como se não houvesse possibilidade de vida com qualidade para esses pets”, explica Sophia. “Nós acreditamos que todos os animais merecem respeito e amor, independentemente de sua condição.”

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