Voar com seu cãozinho ou gatinho ao lado é possível! Saiba mais sobre as regras
As regras sobre voos com animais mudaram no Brasil em abril deste ano
É possível viajar de avião com seu pet ao lado no Brasil. Os cães ou gatos podem ser levados na cabine junto de seus tutores, segundo o Projeto de Lei 13/2022 que foi aprovado no Senado Federal.
Um dos pontos mais importantes da lei, inspirada no incidente com o cãozinho Joca, que morreu durante um voo da Gol em 2022, é o que obriga todas as empresas aéreas, respeitadas as regras de segurança operacional, a oferecerem opções de transporte de cães e gatos adequadas ao porte e às funções do animal.
Outra possibilidade é que o animal viaje no compartimento de cargas, com monitoramento pelo tutor e condições de acomodação adequadas.
Atualmente as principais companhias aéreas brasileiras permitem a viagem com pets, mas cada empresa é responsável pelas suas regras sobre o transporte de animais. Fatores como peso, raça do animal e se a viagem é nacional ou internacional são determinantes para garantir o embarque e transporte seguro do pet.
“Para que esse deslocamento seja possível, é essencial que os viajantes estejam atentos às principais regras, como valores, documentação e transporte, a fim de garantir uma viagem segura e tranquila para o animal”, ressalta Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp.
Regras
Independentemente de onde o seu pet for levado, ele obrigatoriamente deve estar dentro de uma caixa específica para transporte de animais durante toda a viagem.
Apesar de toda companhia aérea possuir uma política relacionada ao transporte de cães e gatos, o consenso é que todas cobram um valor extra para o serviço. Esse valor pode variar entre R$ 300 e R$ 600 para viagens em território nacional nas companhias Gol, Azul e Latam. Voos internacionais nas mesmas companhias contam com a cobrança entre US$ 150–400 (aproximadamente R$ 800 e R$ 2.200).
Além disso, cada pessoa pode viajar responsável por apenas um pet. Não é permitido o transporte do animal sem o tutor.
Algumas companhias aéreas costumam exigir que animais maiores voem no porão, em sua caixa, com medidas que variam de acordo com cada empresa.

Cachorro em aeroporto - Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Para viajar na cabine junto ao tutor, o peso do pet somado à caixa de transporte não deve ultrapassar 10kg. A caixa deve caber embaixo do assento do passageiro à frente e seguir as dimensões previamente determinadas por cada empresa.
Algumas raças específicas de gato e de cachorro não são transportadas pelas empresas no porão da aeronave, como, por exemplo, cachorros de raças perigosas, braquicefálicas e gatos persas e himalaios. Em caso de dúvida, consulte a companhia aérea responsável pelo voo.
Documentos necessários
Apesar de haver variação entre as companhias, o que se pede na maioria é a carteira de vacinação (incluindo a antirrábica) e o atestado de saúde animal, assinado por um veterinário, e emitido em até 10 dias antes da viagem.
Já em voos internacionais, a documentação pode variar de acordo com as regras sanitárias de cada país de destino. Podendo ser necessário apresentar um Certificado Veterinário Internacional ou um passaporte para trânsito de cães e gatos.
Conforto
Mesmo com a possibilidade de viajar garantida, o deslocamento pode ser um momento de estresse para o animalzinho. Barulho, temperatura, ambiente e diversos outros fatores podem gerar incômodo, principalmente se o tempo de voo for longo.
Adaptar o animal à caixinha de transporte pode reduzir o estresse. Para isso, o tutor pode transformar a caixinha em um lugar seguro para o animal induzindo, por dias e até semanas antes da viagem, a entrada no ambiente com petiscos, brinquedos e mantas confortáveis. Realizar passeios de carro com o animal dentro da caixa de transporte também pode ajudar a aclimatar para a hora da viagem aérea.