Dra. Isabela Coutinho alerta as mulheres para a importância dos exames prevenventivos

Dra. Isabela Coutinho fala sobre a saúde da mulher. - Arquivo pessoal

Desde o mês de março, quando começaram a se confirmar os primeiros casos do novo coronavírus no Brasil, começamos a orientar as pessoas para que elas ficassem em casa para salvaguardar a saúde do cidadão. Sair de casa apenas em casos de emergência. Com o passar dos meses, a pandemia se estabilizou no Recife e no Estado, como um todo e as necessidades quanto aos cuidados em outras áreas da saúde se tornaram inevitáveis, somados à evidente conclusão de que ainda vamos precisar conviver com a covid 19, por um certo período (em todo o mundo). Sendo assim, algumas rotinas precisam ser retomadas, principalmente aquelas que dizem respeito aos cuidados com a saúde, quer sejam cuidados preventivos ou curativos. Entre estes cuidados damos ênfase especial a saúde da mulher. 

Deparamo-nos com o momento em que a mulher precisa voltar a procurar os serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados, em busca de consultas médicas, exames de rotina, de acompanhamentos clínicos e cirúrgicos, check-ups, orientações pré concepcionais e  sobre métodos contraceptivos (bem como o seu acompanhamento). Cada situação dessa deve ser individualizada, de acordo com a idade, condição clínica de cada mulher, presença de doenças clínicas  associadas ou de alguma condição ginecológica pré existente ou fatores de riscos associados a alguma doença ginecológica.

A partir da avaliação de todos esses fatores se terá a avaliação geral da mulher podendo fazer o melhor aconselhamento a respeito da necessidade da frequência (ou urgência) das consultas ginecológicas. Precisamos levar em consideração a fase da vida em que se encontra a mulher, para que se avalie a necessidade (ou o tempo) de se procurar o especialista. Precisamos considerar se a mulher está vivenciando a sua fase reprodutiva (a qual chamamos menacme) se ela está gestante  ou se está iniciando sua vida sexual necessitando de orientações, aconselhamentos e prescrições de métodos contraceptivos. Se está na fase de climatério (sem sintomas ou com sintomas, precisando ser vista rapidamente pelo ginecologista) ou se já está na menopausa ou no período pós-menopausa. O importante é que, para cada fase da vida da mulher, existe uma rotina pré-estabelecida de cuidados e o ginecologista é o profissional conhecido por ser o médico da mulher em todas essas fases. A mulher pode até faltar a consulta com o seu clínico geral, endocrinologista, cardiologista, mas é muito provável que ela frequente com mais assiduidade o seu ginecologista. Por isso dizemos que ele é o “clínico da mulher”. É o ginecologista que, geralmente, faz a escuta das queixas,  dos sintomas, faz a avaliação clínica, solicita os exames laboratoriais, prescreve os exames preventivos, cuida, trata da mulher e, também, faz a triagem e o encaminhamento para outro especialista, caso haja necessidade.  Daí ser tão importante incentivar a mulher a não perder a vinculação com o seu ginecologista. Nós também fazemos o papel de psicólogos, amigos, conselheiros. Temos um bom relacionamento com as nossas clientes/pacientes. Estabelecemos uma relação de parceria e confiança. Nas  consultas podemos falar sobre as aflições e angústias , queixas, sintomas (e até confidências) das mulheres, além de darmos atenção especial aos problemas da genitália feminina.

A prevenção de câncer de colo do útero e prevenção de câncer de mama, por exemplo, estão na agenda obrigatória da saúde feminina, em determinadas fase da vida da mulher. Isso já está incutido na nossa cultura e não deve ser deixado de lado. As prevenções das doenças mais prevalentes (como câncer de mama e de colo de útero) são de grande importância por nos dar a oportunidade de flagrarmos uma lesão em um estágio mais anterior ao câncer (no caso do colo de útero) onde podemos intervir antes de uma lesão precursora se transformar em câncer ou identificarmos uma lesão em estágio mais precoce (nos casos da mama) ser identificada e tratada de forma imediata melhorando o prognóstico (resultado final, a chance de cura) daquela mulher.

Desta forma, a  pandemia não deve impedir que o público feminino procure um serviço de saúde para garantir suas consultas e exames que são tão importantes para a saúde da mulher. Eles podem levar a um diagnóstico precoce de alguma doença ginecológica (ou até mesmo clínica, levando em consideração que a mulher realiza exames mais abrangentes) e salvam vidas. 

É importante, nesse momento, ressaltar  que tanto os consultórios particulares como as unidades públicas estão preparadas para receber as pacientes dentro das condições de segurança e proteção contra o coronavírus. 
Agendamento prévio para evitar aglomeração nas salas de esperas, uso de equipamentos de proteção por parte dos profissionais de saúde, disponibilização de álcool em gel, entre outras, são algumas das medidas adotadas. É importante que a paciente também faça sua parte, como o uso de máscaras, limpeza frequente das mãos e só levar acompanhante, em caso de extrema necessidade. Tomando todas precauções, a mulher ficará numa condição de saúde segura e feliz.

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