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Vídeo de Ivete Sangalo viraliza e alerta: sentir dor não é normal, mesmo para quem cuida da saúde

Segundo o médico Hélio Pinheiro, a dor crônica pode ter causas físicas, emocionais ou funcionais

Médico Hélio Pinheiro é especialista em dorMédico Hélio Pinheiro é especialista em dor - Divulgação

Mesmo com rotina saudável, Ivete Sangalo revela dores antes de show e reacende debate sobre dor crônica. Cantora compartilhou sofrimento em vídeo que viralizou nas redes. O médico Hélio Pinheiro reforça que práticas como acupuntura e bloqueios de nervos ajudam no controle da dor e na recuperação da qualidade de vida.

Um vídeo recente da cantora Ivete Sangalo, visivelmente abalada por dores intensas antes de se apresentar, viralizou nas redes sociais e trouxe à tona uma discussão necessária: sentir dor constantemente não é normal, mesmo entre pessoas que levam uma vida saudável e ativa. Conhecida por sua rotina regrada, com exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada, Ivete mostrou que mesmo quem cuida do corpo pode sofrer com dores silenciosas. No vídeo, a artista aparece deitada, com expressão de sofrimento, minutos antes de subir ao palco.

— Ela é o retrato de muitas pessoas que cuidam do corpo, mas ainda enfrentam dores crônicas que, com o tempo, podem se tornar incapacitantes — afirma o médico Hélio Pinheiro, especialista em dor.

 

Cantora Ivete Sangalo compartilha rotina de treinos nas redes sociais - Foto: Reprodução Internet

Dor vai além do físico
De acordo com o especialista, a dor crônica não pode ser naturalizada, mesmo quando o paciente possui hábitos saudáveis. Isso porque suas causas são diversas, podendo ser físicas, emocionais ou funcionais.

— Não é porque alguém tem uma boa alimentação e se exercita que a dor deve ser aceita como parte da rotina. Pelo contrário: a dor é um sinal de alerta do corpo. É preciso escutá-lo. A boa notícia é que há tratamentos eficazes para esse tipo de quadro — explica o médico.

Entre as opções terapêuticas, o especialista destaca a acupuntura e os bloqueios de nervos como aliados no controle da dor e na recuperação da qualidade de vida.

A acupuntura, por exemplo, é reconhecida por seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. A técnica milenar utiliza agulhas finas em pontos estratégicos do corpo, estimulando o sistema nervoso e promovendo equilíbrio bioquímico. Já os bloqueios de nervos atuam diretamente nas vias de dor, proporcionando alívio rápido e seguro.

— Esses recursos são indicados de forma individualizada, respeitando o quadro clínico de cada pessoa. E, hoje, estão disponíveis tanto em clínicas particulares quanto no próprio SUS, o que amplia o acesso à população — complementa Pinheiro.

5 sinais de que a dor pode ser crônica

1. Duração prolongada
A dor persiste por mais de 3 meses, mesmo com repouso ou uso de analgésicos.
2. Interfere na rotina
Compromete atividades simples do dia a dia, como trabalhar, dormir ou se locomover.
3. Vem acompanhada de cansaço e insônia
É comum que a dor constante cause fadiga, distúrbios do sono e queda no rendimento.
4. Afeta o emocional
A dor vem acompanhada de ansiedade, irritabilidade, tristeza ou falta de ânimo.
5. Já foi tratada, mas sempre retorna
Mesmo após tratamentos, a dor continua recorrente, indicando um quadro que exige avaliação especializada.

 

Atenção: Procure ajuda médica
Quanto antes a dor for investigada, maiores as chances de recuperação e controle. A acupuntura, por exemplo, está disponível pelo SUS em diversos estados brasileiros.

Quando a dor emocional também pesa
Além das causas físicas, o médico destaca a relação entre dor crônica e saúde emocional. A dor persistente, quando não tratada adequadamente, pode intensificar quadros de ansiedade, depressão e comprometer a autonomia da pessoa.

A empresária Juliana Martins já sofreu com dor física - Foto: Divulgação

— A dor emocional também machuca. Muitos pacientes chegam ao consultório com queixas físicas, mas o sofrimento emocional está profundamente ligado à sensação de dor. O tratamento deve ser sempre humanizado, considerando todas essas dimensões — reforça o especialista.

Foi o que viveu a empresária Juliana Martins, que sofria com dores na coluna cervical.

— A dor irradiava para o braço e a mão. Não conseguia levantar o braço, trabalhar, nem dormir. Foi um período muito difícil. A acupuntura mudou minha vida. Hoje voltei a ter uma rotina leve e sem sofrimento — conta Juliana.

O exemplo de Ivete Sangalo mostra que até os corpos mais bem cuidados também sentem — e que a dor nunca deve ser banalizada ou ignorada. Procurar ajuda médica especializada é um ato de respeito com o próprio corpo e um caminho para recuperar o bem-estar.

Mitos e Verdades sobre a Dor Crônica

"Se eu faço exercícios e como bem, não posso ter dor."
Mito
Hábitos saudáveis ajudam, mas não impedem o surgimento de dores crônicas, que podem ter origem emocional, funcional ou neurológica.
"Sentir dor todos os dias é normal."
Mito
A dor nunca deve ser naturalizada. Se é persistente, o corpo está pedindo atenção. É fundamental investigar.
"Dor emocional também precisa ser tratada."
Verdade
O sofrimento emocional pode agravar ou até causar dores físicas. Um cuidado multidisciplinar é essencial.
"Acupuntura é só uma terapia alternativa."
Mito
A acupuntura é reconhecida por órgãos de saúde e tem eficácia comprovada no controle da dor.
"Existe tratamento para dor crônica sem uso de remédios."
Verdade
Técnicas como acupuntura, fisioterapia, bloqueios de nervos e psicoterapia podem aliviar a dor de forma segura e eficaz.

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•    A coluna Modo Fit é publicada semanalmente no portal da Folha de Pernambuco, com conteúdos voltados a treinos, nutrição, alimentação saudável, mundo fitness e wellness. 
•    Esta edição contou com a colaboração do médico Hélio Pinheiro
•    @intrador.recife

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