Engenho do Meio: A escola pública que sonha com uma educação verdadeiramente inclusiva
Bianca Simonetti Magliano trabalha há 17 anos na rede pública de educação da capital pernambucana e assumiu a gestão da Escola Municipal (EM) Engenho do Meio em janeiro de 2012. Uma unidade que é reconhecida pelo bom trabalho entre as famílias e por especialistas da área.
Hoje, há um destaque para a educação inclusiva, o que faz com que a EM Engenho do Meio tenha uma maior quantidade de matrículas do que a média da modalidade da Educação Especial. Muitos, inclusive instituições ligadas a área da saúde e outros órgãos públicos, indicam a unidade como referência na área.
E contar essa história é um prazer para todos da equipe escolar. “Nunca pensamos que o que fazemos lá dentro vai ter alguma repercussão. Quando nosso trabalho ultrapassa os muros da escola e atinge outras pessoas, é bom porque tem mais gente lutando pela educação por aí e ficamos felizes em compartilhar e fazer parte de uma corrente, onde ensinamos e aprendemos”, explica Bianca. “Cada cantinho da escola é pensado e produzido para receber esses estudantes para que eles se sintam bem, aprendam o que tem ansiedade para aprender, oferecendo o que temos de melhor”, complementa a diretora.
Equipe Gestora da EM Engenho do Meio - Arquivo Pessoal
No entanto, o sonho dos que fazem a escola é mais amplo e altruísta. “Meu sonho é que nós nunca mais precisemos dizer que somos uma escola inclusiva. Sonho que sejamos só uma escola, que não precisemos dizer quantos estudantes com deficiência temos matriculados ou usar qualquer outro tipo de rótulo. Estamos aqui para receber todas as pessoas. Espero que um dia não tenhamos que definir os estudantes por cor de pele, por gênero, ou qualquer outra característica. A função da escola começa a existir a partir do momento que deixamos de usar essas etiquetas. Todo mundo aprende e essa construção é mútua, criando o espaço para sermos felizes”, defende Bianca.
Opinião do Papo de Primeira
Ser escola de referência em educação inclusiva é motivo de orgulho, mas ao mesmo tempo significa que esta concentração do atendimento ocorre porque outras escolas ainda não garantem o mesmo direito para todos.
Com frequência, as redes públicas atendem melhor do que a rede privada, que em alguns casos negam as matrículas para crianças com deficiência, transtornos ou superdotação, o que é ilegal.
O sonho é que realmente não tenhamos um ou outro destaque, mas que todas possuam o olhar para a modalidade de Educação Especial e haja uma inclusão plena. Ou seja, sejamos todos a Escola Municipal Engenho do Meio!
Parabéns a todos que fazem a escola. Um orgulho!
Equipe de profissionais da educação da EM Engenho do Meio
Todos os sábados, publicaremos histórias de sucesso na educação, sob a perspectiva de quem faz o serviço acontecer no chão da escola, na sala de aula.