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Equipes multiprofissionais são imprescindíveis para proporcionar melhor aprendizagem nas escolas

ARTIGO: Ângela Mathylde Soares, organizadora do Congresso Internacional Brain Connection

A 9ª edição do evento acontece em Recife, de 29 de outubro a 1° de novembro, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Divulgação

A prevenção para manter o bem-estar e qualidade de vida requer consultar mais de uma especialidade médica e a situação não é diferente em relação à aprendizagem escolar. As equipes multiprofissionais desempenham um papel considerado essencial nas escolas para atender as necessidades dos alunos, já diagnosticados ou não  com transtorno do espectro autista (TEA), contribuindo com a aprendizagem e desenvolvimento.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, causado por uma evolução atípica, comprometendo a comunicação, interação, evolução motora e provocando comportamentos repetitivos, assim como um interesse bastante limitado a determinadas atividades e temáticas.

Os primeiros sinais do autismo são identificados na infância e, atualmente, com todo o conhecimento e diminuição do preconceito sobre o espectro, a maioria das crianças recebe o diagnóstico aos três anos de idade. A falta de contato visual; dificuldade para se expressar e se comunicar; maior sensibilidade a luzes; sons; cheiros ou contato físico e aborrecimentos pela mudança de rotina são alguns dos sinais.  

A recomendação é que os profissionais atuem juntos e em colaboração, através de planos personalizados que se complementam, devido ao compartilhamento de informações e experiências. A proposta é proporcionar aos discentes, um ambiente adaptado e abordagens inclusivas, para, consequentemente, promover o acolhimento com conforto, segurança, cuidado e atenção.

O processo começa com uma avaliação para identificar as necessidades de cada um dos alunos com TEA  e elaborar as estratégias. Os planos são traçados com base nas habilidades e dificuldades vivenciadas. Várias técnicas são empregadas para melhores resultados e, se necessário, serão adaptadas, conforme a evolução de cada caso. 

Lidar com cada uma das carências é um grande desafio, principalmente, quando o trabalho influencia o desenvolvimento pessoal. Os professores devem passar por constantes treinamentos e orientações com diferentes profissionais,  aprimorando o conhecimento para lidar com as características de cada um, propiciando uma sala de aula cada vez mais inclusiva.

Várias dessas atuações também ocorrem de maneira direta, como por exemplo, o fornecimento de sessões individuais focadas no trabalho de habilidades sociais, comunicação e compreensão emocional.

O cuidado com os alunos pelas equipes multiprofissionais é crucial e será um dos temas abordados no maior congresso internacional de educação no Brasil, o Brain Connection. A 9ª edição do evento acontece em Recife, de 29 de outubro a 1° de novembro, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Uma versão estendida ocorrerá online, no dia 10 de novembro. Mais informações sobre o evento, como palestras, participantes e inscrições, estão disponíveis no site brainconnection.com.br.

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