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Roberta Jungmann

Morre o ator Francisco Cuoco, aos 91 anos, em São Paulo

Com passagens na TV, cinema e teatro, artista foi um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira

Francisco CuocoFrancisco Cuoco - TV Globo/Divulgação

Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, considerado um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira. O artista estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e sofria complicações de saúde devido à idade. A causa de sua morte não foi informada, mas ele tratava um ferimento que infeccionou.

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O ator, conhecido por interpretar galãs e protagonistas de novelas como Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975) e O Astro (1977), da TV Globo, deixa três filhos: Tatiana, Rodrigo e Diogo, e netos.

Paulistano que guarda boas lembranças do bairro do Brás, Francisco Cuoco nasceu em 1933. Sua vocação artística se manifestou ainda na infância, época em que ele gostava de reproduzir os espetáculos circenses pelos quais se encantava. A brincadeira virou profissão: fez parte do elenco da companhia Teatro dos Sete, e passou pelas TVs Tupi e Record, antes de integrar a TV Globo.

O ator fez sua estreia na emissora carioca em Assim na Terra, Como no Céu (1970), trama de Dias Gomes; e foi com a autora Janete Clair que Cuoco ganhou diversos protagonistas, que até hoje povoam o imaginário do público. Ele estrelou, por exemplo, as versões originais de Selva de Pedra, como Cristiano; Pecado Capital, na pele de Carlão; e O Astro, como Herculano.

Outros trabalhos marcantes da carreira de Francisco Cuoco são: O Salvador da Pátria (1989), Da Cor do Pecado (2004), Cobras & Lagartos (2006), A Vida da Gente (2011) e Amor à Vida (2013). Seu mais recente trabalho em novelas foi em Segundo Sol (2018), além de uma participação em Salve-se Quem Puder (2022).

No cinema, o ator participou de filmes como Gêmeas (1999), A Partilha (2001), Cafundó (2005) e, mais recentemente, Real Beleza (2015). No teatro, Francisco Cuoco fez parte da primeira montagem de O Beijo no Asfalto (1961), texto de Nelson Rodrigues, além de dezenas de peças que lhe deram prestígio antes mesmo de estrear na televisão. O ator integrou ainda o elenco dos espetáculos Os Três Homens Baixos (2005), O Último Bolero (2006) e Paixão e Morte de um Homem (2017), entre outros.

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