Colangite aguda: febre, dor abdominal e olhos amarelados estão entre os sintomas
Hepatologista dá dicas de prevenção contra a doença
Uma doença que pode ser inflamatória ou infecciosa, a colangite acomete os ductos biliares, que são canais localizados na parte interna do fígado e conduzem a bile até à vesícula e, posteriormente, até o duodeno. Segundo a hepatologista Adenylza Paiva, do Hospital Jayme da Fonte, o tipo de colangite mais comum entre os pacientes acometidos é o agudo.

“Em se tratando de colangite aguda, frequentemente, o paciente vai apresentar febre, dor abdominal, geralmente em andar superior do abdome, e icterícia, que é a coloração amarelada dos olhos e das mucosas. Além desses sintomas, também existem a fadiga, diminuição do apetite, coceira no corpo, que é o prurido, e urina escurecida”, detalhou ela.

Diagnóstico
A detecção da doença pode ser feita através da investigação dos sintomas e a realização de exames laboratoriais e de imagem, como, por exemplo, a ultrassonografia do abdome, colangiorressonância, além de marcadores inflamatórios, no sangue.
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Tratamento pode ou não ser medicamentoso
A forma de tratar a doença depende da etiologia dela e será direcionado à causa que ocasionou o surgimento da patologia. No caso de obstruções por cálculos ou tumores, frequentemente, necessitam ser abordados através de cirurgias ou Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE), com retirada desses cálculos. Há possibilidade de colocação de prótese nas vias biliares.
“Em se tratando de colangite inflamatória e infecciosa, geralmente, há infecções bacterianas associadas e, então, entraremos com o antibiótico de amplo espectro para a resolução da infecção”, acrescenta a doutora.
Prevenção
Ainda de acordo com Adenylza Paiva, a prevenção da doença acontece através de monitoramento, mantendo os exames abdominais em dia. Uma simples ultrassonografia, conforme ela explica, pode detectar precocemente, sejam os cálculos nas vias biliares, na vesícula biliar ou, muitas vezes, também os tumores em fase inicial.
“A partir do momento que realizamos esses exames e conseguimos identificar precocemente essas condições predisponentes à colangite, é necessário realizar a abordagem e, por conseguinte, estaremos prevenindo futuros episódios”, finalizou ela.
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