Dengue, zika e norovírus: calor pode aumentar contágio por viroses de verão
Clínico geral explica proliferação desse tipo de viroses e dá dicas de prevenção
A época mais quente do ano, o verão, fica entre dezembro e março. Além de ser marcada pelo período das férias, a estação também tem alta movimentação de pessoas nas ruas, praias e lugares públicos.
Com isso, há mais geração de calor, o que aumenta a proliferação de vírus e bactérias, aumentando o risco de contágio de viroses conhecidas, como dengue, zika, chikungunya e o norovírus. Este último ataca, na maioria, no Sudeste brasileiro, e tem incubação curta, entre 12h e 48h, após o contato. Pode ser detectado por testes imunológicos ou pelo exame PCR, que é mais preciso e sensível.
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De acordo com o clínico geral Plínio Eulálio, do Hospital Jayme da Fonte, as viroses não têm uma faixa etária específica para contaminar. Porém, os especialistas ficam preocupados com os extremos de idades, como os mais jovens ou mais idosos. Além disso, pacientes que possuem algum tipo de imunossupressão também têm deficiência na imunidade.
“Numa área de aumento das temperaturas, a gente vai ter vírus e ciclos de reprodução de alguns deles e de algumas doenças que vão ser favorecidas por conta desse calor, que diminui o tempo de incubação do vírus. Quando a gente fala das arboviroses, vemos que o tempo de incubação delas é menor, principalmente no ciclo reprodutivo dos mosquitos e também o tempo de maturação do período de larva até o de mosquito”, explica Eulálio.
Sintomas
Uma pessoa que contraiu uma virose pode apresentar como sintomas um quadro de resfriado, tosse, coriza ou obstrução nasal, entre outros. Plínio indica estes e outros sinais que podem servir de alerta para que o paciente procure um médico para tratar do quadro infeccioso o mais rapidamente possível.
“Às vezes, pode acontecer também de [o paciente] ter sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas, vômitos e a gente tem que ficar também atento aos sinais de alarme. Então quando há qualquer tipo de sangramento, falta de ar ou dor abdominal intensa, tudo isso é motivo para ir à emergência e passar por uma avaliação”, complementa Eulálio.
Viroses no Carnaval e dicas de prevenção
Outro momento em que também há aumento no número de pessoas é o Carnaval, pela aglomeração e exposição das pessoas, que, muitas das vezes, não atentam para os devidos cuidados com a saúde. Por isso, para uma pronta recuperação, o clínico geral lista os cuidados necessários que a população deve adotar como estilo de vida.
“Tem que evitar contato com pessoas doentes, que estão com sintomas respiratórios. Sempre dar preferência ao uso de máscara. Para as arboviroses, que são aquelas doenças que são transmitidas pelos vírus, dengue, zika, chikungunya, é preciso ter cuidado, principalmente, na exposição em relação ao mosquito. Fazer uso de repelentes, colocar telas nas janelas, também são cuidados importantes”, finaliza ele.
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