Tempo de forró: especialista alerta para o cuidado com as articulações
Segundo o traumatologista Airllan Alves, joelho, tornozelo e coluna são os mais afetados
Com o São João batendo à porta, é difícil resistir ao chamado do arrasta-pé, das quadrilhas e dos bailes de forró que tomam conta do estado. Mas, para além da diversão, as festas juninas exigem atenção redobrada com o corpo, especialmente com as articulações.
Segundo o traumatologista Airllan Alves, do Hospital Jayme da Fonte e da clínica SOLB, joelho, tornozelo e coluna, geralmente, são os mais afetados durante o período.
“A intensidade e a frequência das danças podem sobrecarregar articulações, principalmente as de carga, como coluna, joelhos, tornozelos e até o pé”, alerta o especialista.
Entorses
O especialista aponta que, entre os riscos mais comuns durante os festejos juninos, estão os entorses de tornozelo e dores na lombar, e quais as causas.
“Muitas vezes utilizamos calçados que não têm o solado emborrachado, com salto muito alto, dobramos demais a coluna na hora da dança, e não alongamos bem as nossas articulações do joelho, da coluna e do tornozelo”, explica.
O médico orienta sobre quais os cuidados devem ser tomados com joelhos, tornozelos e coluna, especialmente durante períodos de muita atividade física, como o São João, para evitar esse tipo de lesão.

“A coluna, por exemplo, você deve manter uma posição mais ereta, e fortalecer a musculatura do abdômen. Para os tornozelos, o ideal é usar calçados que não tenham salto alto, pois prejudicam tanto a coluna, quanto o tornozelo também. Além disso, também é preciso ter cuidado com o solado dos calçados, para não ter nenhum deslizamento, ou entorse de tornozelo”, pontua o médico.
Para tratar pequenos incômodos, antes que eles se tornem problemas maiores, o ortopedista recomenda alguns cuidados simples:
“Alongue bem antes de retornar às suas atividades de festividade junina, procure um profissional especializado, como um ortopedista, de preferência, para ver se há necessidade de algum analgésico, anti-inflamatório ou relaxante muscular, ou se há a necessidade, também, de terapias integrativas, como uma fisioterapia”.
Porém, Airllan ressalta que, quando o corpo dá sinais de alerta, como dor persistente ou inchaço, é preciso parar e avaliar.
“Se surgirem dores após a dança, procure um especialista. Se essa dor perdurar por mais de 3 dias, você já fez a analgésica e não percebeu melhora, procure um especialista, ou a emergência. No caso dos entorses, o ideal é que você procure uma urgência de imediato para não aumentar aquela dor ou, às vezes, ter até uma fratura que passe despercebida”, conclui o traumatologista.