A maldição de adaptações de games de sucesso
Assassin’s Creed gira em torno de Cal Lynch (Fassbender), um dos últimos descendentes de uma linhagem de assassinos
A trama gira em torno de Cal Lynch (Fassbender), um dos últimos descendentes de uma linhagem de assassinos (o tal “Credo dos Assassinos”), que vive em uma guerra secular contra a Ordem dos Templários. Cal é recrutado por um empresário e sua filha (Jeremy Irons e Marion Cotillard, esquecíveis) para ser usado em um experimento científico denominado “Animus”.
De alguma forma que nunca é esclarecida, a máquina permite que Lynch reviva as memórias de Aguilar, antepassado morto há séculos durante a Inquisição. Através disso, Irons e Cotillard buscam a localização da “Maçã do Éden”, um artefato que, supostamente, contém o genoma do livre-arbítrio humano. Lynch, claro, logo percebe que os dois têm propósitos mais malignos para a Maçã. Detalhe: a razão apresentada inicialmente para a busca é “combater a violência e a agressividade”...
Se a trama parece confusa a quem não é familiarizado com a franquia de games, é porque o filme também não faz esforço em tentar explicar o conceito. Em menos de uma hora, Fassbender já está dentro da máquina, lutando e dando piruetas pela Espanha da Inquisição, e o espectador que tente fazer algum sentido.
As cenas de combate e parkour, que são pontos altos do videogame, aqui são apresentadas como sequências que não empolgam. Há momentos em que os personagens escalam estruturas altíssimas, que poderiam ser bem exploradas com o uso da câmera e do Imax, mas que não transmitem sensação vertiginosa.
A falta de história pregressa dos personagens (inclusive do protagonista) torna as motivações de cada um difíceis de digerir.