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A terra Prometida: Agora é a hora de se centrar na trama
Longas cenas de ação, texto pobre e momentos soltos exibem o desequilíbrio de ‘’A Terra Prometida”, da Record
Cenas grandiosas são o maior chamariz de produções épicas. Investindo pesado nesse “filão”, a Record vem caprichando nas cenas mais complexas de “A Terra Prometida”.
No entanto, uma novela não se faz só de boas sequências de batalhas e sacrifícios. É preciso ter apelo dramático para segurar um público ávido por boas histórias. Quando as adaptações bíblicas eram feitas apenas no formato de minisséries, o desenvolver da história tinha uma cadência mais bem dividida entre ação, dramas, humor e romantismo.
Agora, tendo de encarar a longa duração de uma novela, a produção se perde em seu texto enfadonho e pobreza das cenas mais cotidianas.
No entanto, uma novela não se faz só de boas sequências de batalhas e sacrifícios. É preciso ter apelo dramático para segurar um público ávido por boas histórias. Quando as adaptações bíblicas eram feitas apenas no formato de minisséries, o desenvolver da história tinha uma cadência mais bem dividida entre ação, dramas, humor e romantismo.
Agora, tendo de encarar a longa duração de uma novela, a produção se perde em seu texto enfadonho e pobreza das cenas mais cotidianas.
A assinatura de Alexandre Avancini já se mostrou forte em tramas como “Vidas em Jogo” e no sucesso “Os Dez Mandamentos”. Mesmo com tropeços pela disparidade entre ideias e recursos para produção, o diretor se sai bem trabalhando com o orçamento que tem em mãos. Em “A Terra Prometida” parece existir um desequilíbrio, onde a maior parte do dinheiro foi concentrada nas cenas externas e quase nada sobrou para os estúdios e cidade cenográfica. São cenários pequenos e com direção de arte superficial.
A iluminação – talvez o maior problema de todas as tramas produzidas pela Record – apela para sombras e contrastes com o intuito de esconder detalhes, mas acaba não valorizando a imagem. O resultado final fica ainda mais constrangedor com o tom artificial da atuação de grande parte dos atores envolvidos no projeto, inclusive, dos protagonistas Sidney Sampaio e Thais Melchior.
A iluminação – talvez o maior problema de todas as tramas produzidas pela Record – apela para sombras e contrastes com o intuito de esconder detalhes, mas acaba não valorizando a imagem. O resultado final fica ainda mais constrangedor com o tom artificial da atuação de grande parte dos atores envolvidos no projeto, inclusive, dos protagonistas Sidney Sampaio e Thais Melchior.
Com a trama entrando em seu terceiro mês de exibição, a grande maioria das cenas mais bem produzidas já foi ao ar. Agora, o que se apresenta é uma infinidade de pequenas histórias românticas nada atraentes. É aí que a relação ambígua de Kalesi e Marek, de Juliana Silveira e Igor Rickli, se destaca. Com chances de ser esticada e com muita história para contar, “A Terra Prometida” precisa urgentemente encontrar uma forma mais interessante de apresentar as tramas paralelas de forma convincente, até porque, não é todo dia que o roteiro apresenta areias movediças, milagres ou mares se abrindo.
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