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Abraço simbólico fecha programação dos 201 anos do Museu Nacional

Segundo diretor, a liberação, pelo Ministério da Educação, da primeira parcela dos R$ 908 mil necessários às obras será usada na elaboração do projeto executivo de restauração da fachada e dos telhados permanentes do edifício

Abraço simbólico ao Museu NacionalAbraço simbólico ao Museu Nacional - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um abraço simbólico encerrou neste domingo (9) as festividades pelos 201 anos do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Serviço Social do Comércio (Sesc), foi realizado no entorno do museu o evento gratuito Ciência, História e Cultura: o Museu na Quinta, que ofereceu, durante todo o fim de semana, atividades culturais relacionadas à instituição e a seu acervo.

O evento teve ainda 29 mostras e oficinas e atrações como apresentação da Orquestra da Maré e do esquete teatral O Museu Nacional Está Vivo. O diretor do Museu Nacional (MN), Alexander Kellner, disse que, após as comemorações dos 201 anos, é "preciso virar a página e seguir adiante, apesar de toda tristeza" que os pesquisadores, funcionários e visitantes do museu experimentaram ao ver o equipamento ser destruído por um incêndio no dia 2 de setembro do ano passado. "Agora, é pensar para a frente", afirmou.

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Segundo Kellner, a liberação, pelo Ministério da Educação, da primeira parcela dos R$ 908 mil necessários às obras será usada na elaboração do projeto executivo de restauração da fachada e dos telhados permanentes do edifício. Ele espera agora que seja liberada a primeira parcela da verba da emenda parlamentar de deputados federais do Rio de Janeiro para iniciar a reconstrução do museu, que ocorrerá em etapas. Os recursos da emenda, no total de R$ 55 milhões, serão usados na primeira fase da reconstrução, prevista para até 2021. A primeira verba gira em torno de R$ 12 milhões.

Muitas famílias atenderam ao apelo para abraçar simbolicamente o museu. Uma delas foi a família de Karine. Ela, que participou do abraço com o marido e os filhos, disse à Agência Brasil que chegou a chorar quando viu o museu pegando fogo. Karine não tem dúvida de que "ações como essa organizada pelo museu, pelo Sesc e pela UFRJ evidenciam o valor que o Museu Nacional tem para a população".

Guilherme Silva lamentou ter ido poucas vezes ao museu. Retornando ao Rio de Janeiro de uma viagem, no dia 2 de setembro de 2018, ele viu da Linha Vermelha o incêndio que consumiu o equipamento e está confiante em que o museu voltará a funcionar o mais rápido possível.

André Luiz Medeiros também participou do abraço. Ele confessou ter visitado o Museu Nacional em poucas ocasiões. Sua esposa é que ia mais vezes levando o filho caçula do casal. André torce para que o museu seja reconstruído para que o menino possa aproveitar mais do acervo.

Durante o abraço, uma placa exibida por um popular traduziu o desejo comum: "Sem o museu, não há história". O público uniu-se em um abraço que se estendeu por todo entorno do museu, gritando as palavras de ordem "Museu Nacional líder!".

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