Acervo do MAC aos olhos do público
Coleções do museu, que fica em Olinda, serão expostas na Galeria Tereza Costa Rêgo, com apoio do Funcultura
É lá que ocorrerão três exposições, ao longo de um ano, explorando parte da Coleção Assis Chateaubriand, composta por todos os períodos da história da arte, desde o academicismo do século 19 até o modernismo dos anos 1960. A primeira mostra ocorre a partir de amanhã, às 19h, com o tema “A Natureza”, em que serão exibidas pinturas com imagens de paisagens, animais e natureza-morta. “Olhamos para as coleções e nos perguntamos o que podemos aprender com as obras. Nesse processo de seleção, não nos importamos com a ordem cronológica, nem com os artistas em si. Nessa primeira etapa, por exemplo, há nomes locais, nacionais e internacionais, como Francisco Brennand, João Baptista da Costa, Eliseu Visconti, Darel Valença, Wellington Virgulino, Tiago Amorim, Montez Magno, Menotti Del Picchia e David Hockney”, conta uma das curadoras, arte-educadora e idealizadora do projeto, Lúcia Padilha Cardoso.
“Faremos encontros com professores para capacitá-los a trabalharem o acervo do MAC como conteúdo educativo em sala de aula. Para isso, distribuiremos o caderno educativo que produzimos, e ainda disponibilizaremos um exemplar em braile para consulta no espaço da exposição”, diz a curadora e arte-educadora.
Chatô
Não é de hoje que se tenta descentralizar a concentração de museus do eixo Rio-São Paulo. Em 1966, o MAC só começou a existir como museu graças à iniciativa do magnata das comunicações Assis Chateubriand de criar museus regionais e doar obras de arte a instituições nos quatro cantos do Brasil, incluindo a do Varadouro. Nesse mesmo ano, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).