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Arnaldo Antunes lança disco intimista nas plataformas digitais

Só com piano e instrumentos de corda, artista apresenta sonoridade intimista em dez faixas gravadas ao lado de músicos como Daniel Jobim

Arnaldo AntunesArnaldo Antunes - Foto: Divulgação/Marcia Xavier

Com disco mais intimista, que se contrapõe a RSTUVXZ (2018), em que misturou samba e rock, Arnaldo Antunes apresenta nas plataformas digitais, nesta sexta-feira (7), “O real resiste”, seu 12º trabalho solo de estúdio. O álbum conta com 10 canções formatadas por Arnaldo com um grupo fixo de músicos – Cézar Mendes no violão de nylon, Daniel Jobim no piano, Dadi na guitarra, baixo e ukulele e Chico Salem na guitarra e violões, sem nenhum tipo de programação eletrônica, percussão ou bateria – apenas piano e instrumentos de corda. O disco trata das diversas realidades ao redor de Arnaldo, passando por amor, morte e críticas de teor político.

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Gravado com os músicos tocando quase sempre juntos, buscando uma identidade original a partir desses poucos elementos, O Real Resiste se diferencia dos últimos trabalhos de Arnaldo, que variavam diferentes gêneros e formações instrumentais em suas faixas. A sonoridade de O Real Resiste remete à sua fase mais intimista e concentrada nas canções, que resultou em Qualquer (2006) e na turnê registrada em Ao Vivo no Estúdio (2007).

Nas palavras de Arnaldo, depois de um álbum (RSTUVXZ) em que alternava rocks e sambas, com seus pesos rítmicos característicos, ele teve vontade de se voltar mais para as canções, com poucos elementos, mais próximo da maneira como foram compostas ao violão, acentuando as relações entre letra e melodia.

A música que dá nome ao álbum foi lançada como single em novembro, evidentemente política, comentando com certa perplexidade o que está sendo vivendo nos tempos atuais. "Miliciano não existe/ Torturador não existe/ Fundamentalista não existe/ Terraplanista não existe", afirmam trechos da letra.



Além da faixa título “O Real Resiste”, o álbum também abre espaço para outras temáticas como o amor (“De Outra Galáxia”, com Marcia Xavier), a morte (“Termo Morte”), a questão indígena (“Dia de Oca”), a relação com os filhos (“Na Barriga do Vento”, composta com Carlinhos Brown, Pedro Baby, Pretinho da Serrinha e Marcelo Costa, durante a turnê dos Tribalistas), além de uma homenagem a João Gilberto (“João”), em parceria com Cézar Mendes.

Em duas faixas ele divide os vocais; com sua mulher, Marcia Xavier, na parceria dos dois “Luar Arder” e com sua filha Celeste Antunes, em “Na Barriga do Vento”. Em algumas outras há coros com participação dos músicos, além de Karine Carvalho, Caru Zilber e Ricardo Prado.


Turnê

Para o show de lançamento, que deve estrear em abril, Arnaldo está preparando uma configuração nova. Acompanhado apenas por um músico ao piano, alternando as canções do novo álbum com outras de várias fases de sua carreira (como “Debaixo Dágua”, “Lua Vermelha”, ”Socorro”, “Vilarejo”, “O Seu Olhar”, “Contato Imediato”, entre outras) relidas nessa formação mínima (voz e piano) e com poemas falados.

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