Bailarino Marcelo Pereira, referência internacional, ministra oficina no Recife
Radicado na Suíça, Marcelo Pereira dará aulas de dança moderna contemporânea e clássica em academias da Cidade
Experiência profissional fora do Brasil sempre é vista com bons olhos por aqui. Principalmente quando o trabalho vale muito mais do que o passaporte cheio de carimbos. O bailarino e coreógrafo recifense Marcelo Pereira, 51 anos, radicado na Suíça há 14 anos, é referência em dança no País e lá fora. Já correu mundo dançando e coreografando no Japão, Canadá, Alemanha, Rússia... Quando está em casa, se dedica à escola de dança que fundou há oito anos e que leva seu nome, a Marcelo's Move dance School. Esta semana ele está no Recife ministrando workshop de balet e dança contemporânea em alguns locais da cidade.
Um deles é na Academia Ângela Botelho, a partir desta segunda-feira (29) até 1º de fevereiro, das 19h às 21h. Os outros dois ocorrem na Escola de Dança Fátima Freitas, pela manhã, e à tarde, no Ballet Cláudia São Bento e Cia dos Homens, em Casa Forte. "Farei um trabalho de dança moderna contemporânea com clássica; um mix bem didático das três técnicas", resume Marcelo. O foco da oficina? Corpo e movimento, sempre. "É um trabalho coreográfico que inclui o envolvimento com outra pessoa", acrescenta o bailarino, que depois segue para Maceió e João Pessoa também para ministrar workshops.
Bailarino há 30 anos, Marcelo conta que começou a carreira por acaso. "Fazia ginástica olímpica no Recife quando o diretor do Ballet Stagium, de São Paulo, gostou de uma apresentação e me ofereceu uma bolsa para trabalhar lá. Tinha 16 anos na época. Meus pais, ainda bem, me deixaram ir. De lá, ganhei asas", recorda o coreógrafo.
Após três anos na companhia paulistana, voou para os Estados Unidos, onde ingressou na companhia de dança contemporânea Jennifer Muller/ The Works. Ao mesmo tempo, trabalhava também no Metropolitan Opera. Em ambos passou dez anos, adquiriu muito conhecimento e experiência, e começou a ter o talento reconhecido internacionalmente, com o surgimento de convites para dança em outras cidades norte-americanas e na Europa.
Em uma dessas andanças, Marcelo foi parar na cidade de Sankt Gallen, no nordeste da Suíça, onde fixou residência em 2001 e assumiu uma escola de formação. Em 2008, abriu sua companhia. O bailarino diz que contou com o talento e a sorte para chegar até os 30 anos de carreira. Ciente das dificuldades que um profissional da dança enfrenta para se projetar, costuma promover intercâmbios de brasileiros na sua escola. "Eles aprendem uma língua e adquirem uma boa experiência", defende.
Leia também
Espetáculo de dança homenageia pernambucano André Madureira
Espetáculo de dança é inspirado nas pinturas de Tereza Costa Rêgo
Globo anuncia mudança no sistema de votação do 'Big Brother Brasil'