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Caminho de volta ao jazz
“Foi uma daquelas coisas que acontecem apenas uma vez na vida de alguém, então não me pressiono para repetir aquele sucesso”, diz a cantora.
SÃO PAULO (Folhapress) - Norah Jones está sempre à procura de algo a mais, mesmo sem saber direito o quê. A busca a levou ao country em seu segundo álbum, ao folk nos dois subsequentes e ao pop no quinto.
Seu sexto trabalho, “Day Breaks”, a leva de volta ao jazz, estilo que a formou e a lançou para o mundo em “Come Away With Me” (2002), disco que vendeu estrondosas 26 milhões de cópias e levou oito Grammy.
“Foi uma daquelas coisas que acontecem apenas uma vez na vida de alguém, então não me pressiono para repetir aquele sucesso”, diz a cantora. “Na verdade, espero mesmo não repeti-lo, porque seria muito intenso para mim. Na época, foi louco e divertido, mas hoje já me acomodei e estou feliz com o rumo que minha música seguiu.”
Um órgão, um verso melancólico, um suspiro, e a cantora tenta incorporar a maturidade às composições enquanto acena aos anos de piano-bar em buracos novaiorquinos e interpreta canções dos ídolos Horace Silver, Neil Young e Duke Ellington.
Tão discreta quanto suas canções, Norah nada contra a corrente da exposição e do contato constante entre artistas e fãs - tabloides e acólitos não sabem os nomes de seu companheiro e dos filhos do casal, por exemplo.
“Tive sorte em seguir um caminho no qual a música é o que realmente importa - mesmo que não seja nada humilde dizer isso.”