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Celebração aos mais de 90 anos de Nelson Sargento

Nelson Sargento lança disco, com músicas compostas ao longo da carreira, mas já tem na agulha novo projeto

O Reino GeladoO Reino Gelado - Foto: Divulgação

O sambista Nelson Sargento completou 92 anos em julho, mas passará todos os próximos anos comemorando a sua entrada na década de 90. Ele lançou o disco “Nelson Sargento - 91 Anos de Samba”. Na ativa, Sargento ainda prepara um álbum só com inéditas e anuncia um novo samba com Arlindo Cruz.

“Ainda estou escrevendo um livro e fazendo minhas pinturas em cartolinas”, diz Sargento, sem dar detalhes do que virá pela frente. O sambista também é ator e artista plástico. E a capa do novo disco, que estará à venda no site www.nelsonsargento.com.br, terá uma de suas obras.

O disco traz seleção de músicas compostas ao longo da carreira de Sargento. Clássicos como “Agoniza Mas Não Morre”, “Triângulo Amoroso”, “Falso Amor Sincero”, “O Destino Não É Restaurador” e “Ciúme Doentio” foram regravados com os músicos do Galo Preto, que tocam choro há 40 anos, e há participação de Pedro Miranda, que faz shows em homenagem aos 90 anos do sambista.

“Há músicas novas e antigas, mas não tem recomposição de arranjo, não, porque o novo desvirtua a música. A música do passado é que é bacana”, defende Sargento, que não cansa de celebrar seus 90 anos. “É sempre agradável comemorar”, diz o artista, que também não para de criar. “Não posso dizer de onde vem a inspiração. Ontem ou hoje, você compõe sobre o que vê, o que ocorre. Depois de ter a canção pronta, vê que aquilo foi algo inspirado. Você só enxerga o que acontece depois.”

Orquestra

Um dos filhos de Nelson Sargento seguiu a carreira do pai. O percussionista Ronaldo Mattos, 36 anos, fez o primeiro show com Sargento aos 18 anos. “O disco já faz parte do repertório dele, de suas parcerias com Cartola, mas estamos com o projeto de um CD dele cantando com uma orquestra, só com inéditas”, adianta Ronaldo Mattos, sobre o álbum que deve se chamar “Samba, um Clássico Popular”.

Não foi difícil para Mattos escolher o caminho do samba. “É uma coisa muito natural, eu e meus irmãos tocamos desde crianças, somos todos autodidatas”, conta o músico, que diz ainda ouvir histórias do pai. “Ele está em plena atividade, compondo com novos artistas, como Toninho Gerais, e tem uma memória ótima, lembra de coisas de 50 anos atrás”, diz o músico, que tem na sua lembrança a música “Encanto de Paisagem”, já gravada por Zeca Pagodinho.

“Ela foi escrita antes de eu nascer, mas é completamente atual, fala da favela brasileira, a letra é genial.” Para Mattos, é uma pressão compor ao lado do mestre. “A gente escreve e, quando vai comparar, fica difícil. Chegamos a compor juntos, mas nem demos nome à música”, conta.

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