Cleo Pires fala da diferença entre suas personagens
Atriz conversa de forma direta sobre seus anseios, medos e planos para o futuro
Cleo Pires vive um momento único na sua carreira. A atriz, que opta por não emendar trabalhos na tevê, está no ar em duas produções: “Haja Coração” e “Supermax”. Na novela das sete, vive a antagonista Tamara. Já na série, é a misteriosa Sabrina. Apesar do discrepante abismo que separa as personagens, a força é comum às duas. Isso se deve, talvez, à personalidade forte de Cleo. Sem muitos rodeios ou papas na língua, a atriz fala de forma direta sobre seus anseios, medos e planos para o futuro. “Tenho contrato com a Globo porque gosto de teledramaturgia. Mas gosto de ter tempo para mim. Fazer novela é exaustivo, não quero nunca cair no automático. Sou estratégica, sei a hora de me afastar e de me reagrupar”, define, categórica.
Estar no ar em duas produções, no entanto, não assusta a atriz – enquanto as gravações de “Haja Coração” estão sendo finalizadas, as de “Supermax” já acabaram há mais de um ano. “É ótimo para mim e também para o público, que tem o exercício de separar o ator de seus papéis”, garante.
Em “Supermax”, Sabrina é uma psicóloga que vai para o “reality show” em busca do prêmio e de redenção pessoal. “Ela é uma guerreira”, explica. Fã de suspense, gênero pouco utilizado na tevê aberta, Cleo celebra a oportunidade de estar no elenco da versão brasileira da produção. “Via muito filme de terror e suspense quando era criança. Então, estou amando agora poder usar meu trabalho para explorar isso”, explica.
Além da construção interna para viver Sabrina, Cleo também teve de se preparar por fora. Para isso, colocou um aplique de “dread locks”. “Amei o visual, acho que tem tudo a ver com ela e com a série”, conta, empolgada.
Para interpretar a Tamara, de “Haja Coração”, o processo foi bem mais simples. “Na novela, o visual é bem parecido com o meu”, entrega. Já na reta final do folhetim das sete – que termina em novembro –, Cleo matou a saudade de estar em uma novela – seu último trabalho havia sido em “Salve Jorge”, de 2012. “Quando soube que ia fazer, me deu até uma certa preguiça. Mas cheguei e achei muito gostoso”, assume, já saudosa.