Clipe de Flaira Ferro sobre orgasmo feminino é removido do YouTube
Sem nudez, o vídeo da música "Coisa Mais Bonita" foi censurado sob alegações de violar as políticas do site acerca conteúdo sexual
Censura. Essa é a palavra que ecoa a exclusão do vídeo "Coisa Mais Bonita", da cantora Flaira Ferro, da plataforma online YouTube. O clipe, que instigava mulheres a protagonizarem o próprio gozo, estava no ar há 24 horas e acumulava mais de 60 mil visualizações.
"Tempos de censura, mores! Nosso clipe foi removido mesmo sem conter NENHUM conteúdo de nudez ou violação de direitos", protestou Flaira no seu perfil do Instagram. "NÃO VÃO NOS CALAR! NÃO ME VEM COM TARJA PRETA! Preciso de vocês! Vamos geral botar AGORA a boca no trombone, na internet, nas redes de vcs, pedindo a volta do clipe!", convocou, propondo o uso das hashtags #CoisaMaisBonita e #VoltaClipe.
Leia também:
Flaira Ferro fortalecida nos passos da música
Cultura do machismo está em todos gêneros musicais
Consumo de música na internet muda a forma de distribuição e lançamento de novos discos
O videoclipe, dirigido pela premiada documentarista Dea Ferraz ("Câmara de Espelhos", 2016, e "Modo de Produção", 2017), trazia oito mulheres, de diferentes idades, cores e jeitos, para a frente da câmera no ato do toque, da masturbação, culminando no gozo. O vídeo, contudo, não trazia nudez, focando apenas no rosto das ditas mulheres.
Nas redes sociais, o sentimento é de desapontamento, mas não de surpresa. "Que horrível. O clipe trabalha com tanta sutileza. Aff, a guerra não para!", declarou uma seguidora nos comentários do post de Flaira. "A gente tem que ficar mais independente da rede social. Como faz? Voltemos aos blogs? Meio cansada desse controle da rede social. Retrocesso", diz outra.