Doc sobre Kanye West retrata separação de Kim Kardashian, apoio a Trump e temperamento explosivo
Artista foi tema do documentário 'In Whose Name?', em cartaz nos cinemas americanos
"O que aconteceu com Kanye West?" Esta foi a pergunta que muitos fãs do artista se fizeram nos últimos anos, quando ele se viu em uma série de polêmicas. De interromper discurso de agradecimento de Taylor Swift no VMA, em 2009, a exibir a ex-esposa Bianca Censori praticamente nua no tapete vermelho do Grammy, em 2025, o músico se destacou mais pelas confusões do que por sua arte nos últimos tempos, com direito a declarações nazistas e apoio público a Donald Trump. Agora, um documentário tenta responder a questão.
Trata-se de "In whose name?" ("Em nome de quem?", na tradução livre), dirigido por Nico Ballesteros. O diretor tinha acabado de sair do colegial quando foi chamado para documentar cenas de Kanye West, em 2018. Com acesso irrestrito, acabou ficando na função por seis anos. Ao todo, gravou mais de 3 mil horas com o músico, mostrando projetos artísticos e momentos de intimidade. De encontros com Elon Musk a brigas com a sogra, Kris Jenner, passando por visitas de rotina ao dentista, o documentarista fez um retrato amplo da vida do documentado.
Em entrevista à revista Hollywood Reporter, o diretor destaca que o filme é "sobre o humano por trás do ídolo", e que não é sobre ataques, mas sobre fama. A lista de personalidades retratadas em cena é enorme: Donald Trump, Beyoncé, Jay-Z, Drake, Rihanna, LeBron James, Lady Gaga, Pharrell Williams, Diddy, Anna Wintour, Charlie Kirk e Kim. O doc conta com duas brigas marcantes de Kanye, uma com a ex-sogra Kris Jenner, em que o música diz que prefere morrer a fazer um tratamento com medicamentos, e outra com o comediante Michael Che, nos bastidores de participação no SNL em 2018. Na ocasião, Kanye participou do programa usando um boné do movimento MAGA, de apoio a Trump.
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"Ballesteros foi um mosca na paredde na apresentação de Ye no Saturday Night Live de 2018, que o levou a fazer um discurso de encerramento sobre o programa usar talentos negros para ridicularizar celebridades negras; o ataque foi especialmente pessoal para o roteirista principal Michael Che — que, como mostra o documentário, conversou com Ye antes do programa para estabelecer alguns limites para a piada, apenas para o rapper começar a desabafar sobre a escravidão. "Você é um herói para nós, mas o que você fez foi uma merda", disse Che ao ídolo antes que a produtora do SNL, Lindsay Shookus, interrompesse a filmagem de Ballesteros", destaca crítica do Guardian sobre o filme.
Não há previsão de lançamento no Brasil.

