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Espetáculo de dança homenageia pernambucano André Madureira

Coreógrafo é fundador do Balé Popular do Recife, referência em dança na capital. Espetáculo 'Mandala' é apresentado no Espaço Experimental

André Madureira, fundador do Balé Popular do Recife André Madureira, fundador do Balé Popular do Recife  - Foto: Gustavo Glória/Folha de Pernambuco

O Balé Popular do Recife firmou-se ao longo de 40 anos de trajetória como uma das mais sólidas referências em dança na capital pernambucana. A companhia ganhou reconhecimento merecido por essa contribuição, na semana passada, quando a Câmara dos Vereadores publicou em Diário Oficial a aprovação do projeto de lei que a transforma em Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. Condecoração que se estende - ao menos, de forma simbólica - à figura de André Madureira, fundador, coreógrafo e principal responsável pelo grupo.

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Não à toa, André já havia sido agraciado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco no ano passado. Aos 65 anos, ele dedicou mais da metade de sua vida ao projeto de criar uma dança nacional inspirada na cultura popular nordestina, mas com ares contemporâneos. Com esse objetivo, fez nascer na década de 1980 o Método Brasílica, que parte da releitura dos passos das manifestações culturais tradicionais brasileiras, como caboclinho, maracatu e pastoril.

"São décadas de atividades ininterruptas promovendo Pernambuco para o mundo inteiro e fazendo com que jovens artistas se dediquem a pesquisar a cultura popular. Hoje o desafio é manter a companhia viva e com a mesma técnica de qualidade", diz o artista.

Homenagem cênica

O espetáculo "Mandala" é fruto de uma pesquisa aprofundada sobre a vida e a obra de André Madureira. Durante três anos, a coreógrafa Élide Leal - que já fez parte do Balé Popular do Recife - se dedicou a transformar em movimento mais de quatro décadas de entrega à dança. "Foi o trabalho que mais demorei a criar, porque tinha muita responsabilidade envolvida", afirma a bailarina e diretora da Cia. Nós em Dança.

A montagem estreou em 2016 e volta a entrar em cartaz finalizando a programação do projeto "Espetáculos em sala", do Espaço Experimental, que conta com apoio do Funcultura. As sessões ocorrem nesta sexta-feira (19), sábado (20), e nos dias 26 e 27 de janeiro, às 20h.



Ao longo da peça, há muitas referências à obra de Madureira. O título, por exemplo, remete à representação geométrica que costuma servir de inspiração para os artistas em seu processo criativo. Além disso, o Método Brasílica está presente em cada um dos movimentos dos bailarinos.

"André é uma referência artística para mim. É um homem que sempre foi vanguardista, adiantando coisas que hoje são contemporâneas", defende Élide, que divide a cena com os bailarinos Anderson Vieira, Anelise Andrade, Isis Cordeiro, Nicole Gabriele, Marcos Vinícius e Regina Freitas.

Serviço

Espetáculo "Mandala"
Sexta (19), sábado (20), e nos dias 26 e 27 de janeiro, às 20h
Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, Bairro do Recife)
R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Informações: (81) 3224-1482

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