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Espetáculo "Dois" tem sessões neste fim de semana no Festival de Circo

Irmãos Luis e Pedro Sartori do Vale apresentam o espetáculo “Dois” em sessões no Teatro de Santa Isabel, neste sábado e domingo

Joaquim BarbosaJoaquim Barbosa - Foto: Divulgação

 

Os irmãos Luis e Pedro Sartori do Vale não estão ligados apenas pelo vínculo consanguíneo. Além do parentesco, eles compartilham dos mesmos gostos, interesses, hobbies e até a profissão. Ambos decidiram dedicar suas vidas à arte circense e, para isso, foram buscar aprimoramento na Europa. Depois de mais de dez anos trabalhando, separadamente, em companhias estrangeiras, eles resolveram dividir o palco pela primeira vez. O espetáculo “Dois”, criado em conjunto pela dupla, participa do 12º Festival de Circo do Brasil, com sessões no Teatro de Santa Isabel, neste sábado (12), às 20h, e no domingo (13), às 19h.

Como bom irmão mais velho, Luis fez o caçula seguir seus passos. “Conheci o circo em Belo Horizonte, na época de vestibular. Comecei a fazer como passatempo, mas acabei me apaixonando e puxando o Pedro também”, relembra o primogênito. Em 2008, já formado em Artes Visuais, o mineiro resolveu se aprofundar no universo do picadeiro e ingressou na Escola Superior das Artes de Circo (ESAC), em Bruxelas (Bélgica). Três anos depois, o irmão mais novo acabou repetindo o mesmo caminho.
Foram a distância e a saudade que colocaram os dois juntos em cena. Atualmente, Luis reside na Finlândia, enquanto Pedro voltou a morar em Minas Gerais há cerca de um ano. “Sempre fomos muito unidos. A montagem serviu como desculpa para ficarmos mais próximos. Ao mesmo tempo, estávamos em busca de parcerias artísticas. Então, foi como unir o útil ao agradável”, explica Luis.

O espetáculo estreou em março e, desde então, fez uma única apresentação no Brasil, no Rio de Janeiro. Todo o processo de criação foi realizado em território europeu, entre uma apresentação e outra. “Foi uma experiência bem fácil, pois a gente se entende bem.

Aos poucos, durante a criação, resolvemos falar sobre a relação entre irmãos. Fomos buscar memórias e interesses em comum para falar sobre fraternidade. Também nos inspiramos em referências de irmãos na cultura universal, de Caim e Abel a Lisa e Bart Simpson”, afirma.

Apostando na mistura entre circo e teatro visual, exploram cenicamente um gosto em comum: o arco e flecha. “Essa é uma atividade que nós gostamos de praticar juntos e serve muito bem como simbologia para falar de coisas que existem na relação entre irmãos, como rivalidade e cumplicidade”, diz. A linguagem das artes visuais também está entre as influências dos espetáculos. Filhos dos artistas plásticos Monica Sartori e Mário Vale, Pedro e Luiz levam para a encenação as linhas, elemento com forte presença nas obras de seus pais.

Programação

Ainda nesta sexta-feira (11), o festival traz três espetáculos. “Carpinteiros em Domicílio”, da Cia Suno (SP), sobe ao palco do Teatro Apolo, às 9h30 e 15h. “Nas Nuvens”, da companhia Giullari Del Diavolo (ITA/ BRA), faz sessão gratuita no pátio da Igreja do Poço da Panela, às 19h. O grupo Artinerant’s (SP) volta ao Teatro de Santa Isabel com “Vizinhos”, às 20h. Amanhã, o destaque é o Circo Zanni (SP), que terá sessões às 16h30 e 18h30, no Teatro Luiz Mendonça. Já os cariocas do Coletivo Nopok visitam, neste sábado, o Parque da Macaxeira, às 16h30, com “Carrilhão”.

 

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