Neste ano, serão apresentados 14 espetáculos, sendo cinco deles internacionais. As peças teatrais serão exibidas em Caruaru, a partir de quinta-feira, e no Recife, começando um dia antes. A maioria delas trata de assuntos como diversidade trans, negritude e outras questões ligadas à inclusão. "Queremos apostar em espetáculos que não sejam meramente contemplativos, dos quais o público possa participar", descreve Pascoal. O evento trará também workshops, residência artística e a já tradicional mostra estudantil, além de ações descentralizadas no centro e na periferia de Caruaru.

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Dentro da grade da programação, destacam-se "Martin Luther Propaganda Symposium", da Suíça, que abre o Feteag, nesta quarta e quinta, no Recife. As sessões serão às 19h, no Barreto Jr. Trata-se de uma peça inédita no País, que fala dos 500 anos de Martinho Lutero e conta com um coro local de 50 vozes. Também da Suíça são as montagens de "Hamlet" e de "Tentativa de Morrer", que se apresentam no Recife e em Caruaru nos dias 18 e 20, respectivamente.

"Josefina la Gallina puso un huevo en la cocina", da companhia teatral mexicana Vaca35, também será apresentado nas duas cidades, nos dias 17 e 19, e seu diretor, Damian Cervantes, realiza uma residência no Recife, junto com a companhia Fiandeiros.

"Adaptação", do grupo franco-brasileiro Teatro de Açúcar, se apresenta dia 18, no Recife, e dia 20, em Caruaru. De Campinas (SP), Naomi Silman traz "Mulher Barro", enquanto o grupo Asavessa de teatro, do Rio Grande do Norte, traz "Julieta mais Romeu", nos dias 23 e 26, respectivamente, em Caruaru.

Os recifenses Iris Marcolino, Hilda Torres, Lívia Falcão e Flávia Pinheiro vão apresentar, respectivamente, "No silêncio da palavra", "Soledad - a terra é fogo sob nossos pés", "Opá, uma missão" e "Antílope", nos dias 21, 23, 24 e 26, todos em Caruaru.

Também na Capital do Agreste, o Coletivo Caverna apresenta, no dia 22, o espetáculo "Cartas". Já Orum Santana realiza sua peça "Meia Noite", no dia 25. No dia seguinte, será a vez do grupo Magiluth levar para o Museu do Barro, ponto histórico de Caruaru, o espetáculo "Apenas o fim do mundo".

"Queremos provocar um fluxo inverso do público, rumo a Caruaru", resume Fábio Pascoal, que é filho de Arary Marrocos e Argemiro Pascoal, criadores do Teatro Experimental de Arte (1962), semente do Feteag, atualmente reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Considerado como um dos mais importantes festivais de teatro do País, o Feteag se estrutura em três eixos (mostra de espetáculos profissionais e estudantis; atividades formativas, como workshops, oficinas e debates; e atividades complementares, a exemplo da mostra audiovisual e a popular cena gastrô).

O evento foi organizado com o apoio das universidades federais de Pernambuco e do Rio Grande do Norte (UFPE e UFRN). A coordenadora do Curso de Teatro da UFPE, Marianne Consentino, é também a curadora do festival, sendo a responsável pela seleção dos espetáculos, enquanto o ator e diretor Quiercles Santana atua como assistente de produção do evento. Detalhes sobre a programação no site feteag.com.br.