Festival MECABrennand aporta com mistura de música e arte
Shevchenko & Elloco, Mombojó, Noporn e Romero Ferro são umas das atrações locais que estão no palco principal do festival que acontece neste sábado (14), a partir das 15h
Shows, DJ Sets, performances, rodas de diálogo e imersão cultural. Essa é a proposta do festival MECABrennand, que aporta pela segunda vez no Estado, e promete pelo menos 15 horas de música. Tulipa Ruiz, Romero Ferro, Mombojó, Noporn, Shevchenko & Elloco e 9K são alguns destaques musicais da programação que será realizada neste sábado (14), na Oficina Cerâmica Francisco Brennand, Zona Oeste do Recife, com início marcado para às 15h. Os ingressos estão à venda no site Ingresse, a partir de R$ 80 (meia entrada). Idealizado em São Paulo, o Meca já passou por Inhotim (MG), Urca (RJ), Mis (SP), Iberê (RS).
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Para o Main Stage o MECABrennand recebe Tulipa Ruiz que volta à cidade depois de quase dois anos desde a última apresentação junto a banda Pipoca das Galáxias, em turnê que celebra seus quatro álbuns: Efêmera (2010), Tudo Tanto (2012), Dancê (2015) e Tu (2017). Com poesia eletrônica dançante, a dupla de NoPorn se apresenta com seu segundo disco “Boca”. As músicas “Baile de Peruas”, “Xingu” e “Sonia” são confirmadas no setlist de Liana Padilha e Lucas Freire. Também confirmado está Mombojó que, depois de 15 anos sem um disco de inéditas, se prepara para um novo lançamento neste segundo semestre do ano. O show intitulado “MMBJ12” passa por todos os sucessos da carreira, além do novo single “Tudo Vai Mudar”, um prelúdio do novo momento do quinteto com 18 anos de estrada. Romero Ferro completa a lineup do palco principal. Esse será o primeiro show em Recife, sua cidade natal, com o novo disco intitulado “Ferro”.
Pelo menos das cinco atrações do palco principal, três são da casa, repetindo a dose da primeira edição do festival em solos pernambucanos. De acordo com Danilo Novais, gerente de Comunicação e Comunidade, a ponte entre o festival e o Estado conta com o apoio do público e da cultura local. "O meca está cada vez mais com perfil de ser feito em lugares que têm ligação com a arte e a natureza. A Oficina Brennand é um dos espaços artisticos mais renomados do Brasil e nossa seleção de bandas é feita a partir de pesquisas com o público. Foi dessa forma que a gente pensou em dar a voz e palco para o que é daqui", comenta.
De acordo Maíra Miranda, da equipe do MECA, a produção veio para Recife descobrir o que não saía dos ouvidos da galera. "Algumas pessoas a gente não conhecia, Shevchenko & Elloco foi uma delas, e nessa vinda prévia que sempre fazemos, conversamos com muita gente e a resposta da maioria, sem dúvidas alguma, foi a dupla de bregafunk Shevchenko & Elloco, e a composição da lineup nasce dessa troca muito pessoal da nossa equipe que vem previamente conhecer o que é hit". A dupla de bregafunk completou dez anos de carreira e hoje vive seu auge com o sucesso de faixas como Tome Empurradão, Chapuletei e Gera Bactéria. Ainda na cena local, o duo de DJs do 9K - composto por HTTP e Ojuara - injeta músicas bregafunk do cenário underground de Recife no setlist do Brennand.
Um time de DJs também faz parte da programação e se apresenta no Side Stage desde o momento de abertura até o final do festival, esquentando a pista para os shows. Estão entre a lineup eletrônica nomes como Roger Weekes (Inglaterra), DJ de Londres que reside em São Paulo e atualmente é chamado de "disco man"; Jay West (Argentina), curador e produtor com uma carreira de 15 anos, apresenta diversos gêneros como o soul, disco e funk vibes; e Iury Andrew, atualmente é o DJ residente da festa Batekoo REC e Pink Lemonade e vai do afro-house ao brega-funk, dialogando com o pop e a black music JV.
Além da parte musical, o festival também movimenta a economia criativa através do espaço de moda com 25 marcas, e rodas de diálogo que compõem a programação diurna com Luiz Arruda (WGSN Mindset), o indígena Anápuáka Tupinambá (criador da Rádio Yandê e do YBY Festival) e Carlo Pereira (Secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU). Entre os talks, um dos destaques é o painel Pernambuco é pop - Como os memes, o cinema e a música pernambucana dão identidade para a cultura do Brasil?, que conta com a participação de Ana Garcia (diretora e fundadora do No Ar Coquetel Molotov), China (músico), Aslan Cabral (artista visual e pesquisador livre em arte digital e capital viral) e Amanda Mansur (doutora em Comunicação e professora do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE). A mediação é de Cleu Oliver (Gerente de Planejamento Criativo do MECA).
Confira a grade de programação completa:
Palco Principal (Main Stage)
18h Patricktør4
20h Romero Ferro
21h30 Noporn
23h Mombojó
00h30 Tulipa Ruiz
02h Shevchenko & Elloco
03h 9k
Pista Eletrônica (Side Stage)
14h Cleu Oliver + Dimas Henkes
15h Nadejda
17h Iury Andrew
19h JV (Revérse)
21h Lucio Morais
23h Roger Weekes (UK)
01h Jay West (ARG)
03h Libra
Programação diurna
14h30 Música indígena contemporânea: uma riqueza ancestral do Brasil com Anapuàka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe / (cofundador da Rádio Yandê e do Festival de Música Indígena YBY)
15h Por uma vida mais sustentável na Terra até 2030 com Carlo Pereira (secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU)
15h40 O que os movimentos culturais sinalizam para 2020?, com Luiz Arruda (head da WGSN Mindset na América Latina)
16h30 Sofia Freire (Pocket Show)
17h Painel Pernambuco é pop - Como os memes, o cinema e a música pernambucana dão identidade para a cultura do Brasil? com Ana Garcia (diretora e fundadora do No Ar Coquetel Molotov), China (músico), Aslan Cabral (artista visual e pesquisador livre em arte digital e capital viral) e Amanda Mansur (doutora em Comunicação e professora do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE), com mediação de Cleu Oliver (Gerente de Planejamento Criativo do MECA).
Serviço
Sábado, 14 de setembro, das 15h às 6h
Na Oficina Brennand (Rua Diogo de Vasconcelos, S/N, Várzea)
Ingressos: R$ 160 e R$ 80 (meia)