Festival Molotov admite falhas e pede desculpas ao público
Evento realizou sua 13ª edição na Coudelaria Souza Leão, na Várzea
Depois dos shows em Belo Jardim, em Pernambuco, e em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o festival No Ar Coquetel Molotov realizou sua 13ª edição no Recife na noite desse sábado (22), no bairro da Várzea. Diante das queixas e reclamações do público que compareceu ao evento em relação à quantidade de pessoas presentes e aos problemas ocasionados por esse motivo, como filas demoradas para ir ao banheiro e para comprar bebidas, a organização se pronunciou na página oficial do festival no Facebook.
Em redes sociais, além de dificuldade para se locomover dentro do evento como, por exemplo, na passagem para o galpão onde ocorriam os shows principais, os frequentadores do Molotov criticaram a morosidade para chegar e sair do local, a Coudelaria Souza Leão, o que envolve transporte com vans até o estacionamento e o acesso à saída principal.
Os ingressos do último lote do evento custavam R$ 80 (inteira), R$ 65 (social com 1 kg de alimento não-perecível) e R$ 40 (meia-entrada).
Leia o texto completo da nota:
"Ao longo dos anos a fama do festival No Ar Coquetel Molotov cresceu e aumentou muito. Somada a boas lembranças e uma curadoria que é sempre elogiada, o festival cresceu tanto a ponto de ter que mudar de lugar. Saiu do antigo Teatro da UFPE e foi a uma nova casa, a Coudelaria Souza Leão, desde 2014.
Nesta 13ª edição, o público da cidade, do estado e do Nordeste veio em peso conferir o que o evento trazia de tão especial para arrancar tantos elogios de pessoas tão diferentes.
Temos orgulho do que conquistamos e não temos medo de admitir que erramos ao não dimensionar o tamanho do público que viria ao festival neste ano. A presença das mais de sete mil pessoas foi maior do que nossas expectativas mais otimistas previam.
Tivemos um contingente de bares, banheiros e transporte que atendeu bem ao público no ano passado, mas que se mostrou insuficiente para a demanda desta edição.
Se por um lado ficamos muito contentes com a vinda de todos e os shows de excelente nível, por outro lado estamos desapontados conosco por não termos conseguido manter a qualidade do espetáculo que é o No Ar em seu lado operacional.
Assim como um adolescente de 13 anos, o festival, que é feito por várias pessoas, também erra e peca por sua ousadia ao dar passos maiores que a própria perna às vezes.
Estamos conscientes das falhas e de eventuais transtornos que não foram de nossa responsabilidade, mas que impactaram na apreciação do festival. Sabemos que ainda é longe para isso, mas já nos comprometemos a melhorar esta infraestrutura e o atendimento para a edição do ano que vem assim como viemos melhorando em outros apectos ano após ano.
Somos todos profissionais nesta área, mas acima de tudo, amantes de música que estão contentes em ver que tanta gente veio atrás de uma opção de lazer e shows que diferem tanto do atual mainstream. Gostaríamos de agradecer pela confiança e sobretudo pela paciência de quem esteve na Coudelaria Souza Leão neste último sábado e que presenciou mais um capítulo importante em nossa história. Neste momento também queríamos que aceitassem nossas desculpas e que continuem confiando no que temos a oferecer como produtores de um evento que já marcou seu nome no país em tão pouco tempo".
Alguns depoimentos do Facebook:
"Sair do Carnaval de Olinda é mais fácil que sair daquele lugar. Se não tem capacidade de organizar um evento com sete mil presentes, não vendam sete mil ingressos"
Gabriel Augusto
"Gente, em nome do que significa o Molotov e sua importância pro cenário musical, revejam a estratégia de vocês. Além das burocracias pra pega copo, comprar ficha, pegar bebida (impossível), o que foi aquela fila sem noção pra pegar a van e ir embora? Eu estava ali me sentindo desrespeitada, sem ter o que fazer, já que o único meio coerente para descer era através das vans. Muito, muito desrespeito"
Danusa Lira
"Vocês deveriam rever para o próximo ano a entrada e saída do Palco Velvet, mesmo diminuindo o contingente de pessoas, aquele único acesso está totalmente em desacordo com as normas do corpo de bombeiros"
Rodrigo Laurentino
"Paciência foi a palavra que todo mundo teve que pôr em prática. Mas foi lindo"
Katarina Pedrosa