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Filme 'Mulheres alteradas' é exibido fora de competição na abertura do Cine PE

Dirigido por Luis Pinheiro, filme é protagonizado pelas atrizes Deborah Secco, Alessandra Negrini, Maria Casadevall e Monica Iozzi. Festival terá entrada gratuita, mas é preciso chegar uma hora antes para retirar ingresso na bilheteria

Keka (Deborah Secco) vive crise no casamento com Dudu (Sérgio Guizé)Keka (Deborah Secco) vive crise no casamento com Dudu (Sérgio Guizé) - Foto: Divulgação

A primeira exibição pública do filme "Mulheres alteradas", de Luis Pinheiro, ocorre fora de competição, dentro da abertura do 22ª edição do Cine PE - Festival do Audiovisual. A solenidade de abertura do evento, nesta quinta-feira (31), às 19h30, será iniciada pela exibição de curtas-metragens nas mostras competitivas pernambucana ("Dia-um", de Natália Lima, e "O consertador de coisas miúdas", de Marcos Buccini); e nacional - "Marias" (RJ), de Yasmin Dias; "Sob o delírio de agosto" (PE), de Carlos Kamara e Karla Ferreira; e "Abismo" (RJ), de Ivan de Angelis. A entrada é gratuita.

O filme, dirigido por Luis Ribeiro, é baseado no quadrinho de mesmo nome da escritora e cartunista argentina Maitena Burundarena, publicado nos anos 1990. A história é sobre quatro mulheres que passam por diferentes fases da vida: Leandra (Maria Casadevall) é solteira, tem 30 anos e sente angústia por ainda não ter constituído uma família; Keka (Deborah Secco) vive uma crise em seu casamento com Dudu (Sérgio Guizé); Sônia (Monica Iozzi) é casada, tem dois filhos, e deseja uma noite de diversão; Marinati (Alessandra Negrini) é uma advogada viciada em trabalho que se apaixona no momento em que sua carreira parece crescer.

"Tive sorte que esse quarteto topou fazer o filme", diz o diretor. "A Maria [Casadevall] é uma atriz que me conhece. Acredito nela e ela gosta de trabalhar comigo. Deborah [Secco] é uma estrela, tem um talento natural. Nasceu para fazer isso e realmente o faz desde criança. É uma artista destemida e técnica. A Alessandra [Negrini], cada coisa que ela faz eu dou um suspiro atrás da câmera. Ela foi muito corajosa. Não é comum ver ela em filmes assim. Ela costuma fazer registros mais densos e papéis mais profundos. Mas ela entrou no ritmo da comédia e arrebenta no filme. Monica [Iozzi] interpreta uma mãe sem ter sido mãe. Acredito muito nela. É um doce de pessoa", opina Luis, sobre as personagens principais.

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Já os personagens masculinos, segundo o diretor, representam um recorte específico de um certo tipo de homem. "Sergio [Guizé] faz o par da Deborah e para mim ele é um fenômeno. Conheço ele há bastante tempo. Ele faz um personagem hilário. Daniel [Boaventura] faz um personagem cafajeste muito engraçado", opina Luis. "Todos os homens do nosso filme são basicamente os 'estúpidos'. Consigo fazer isso porque me reconheço", brinca o diretor.

   Estilo e humor

O gênero comédia e as personagens femininas não são novidades na carreira de Luis, que dirige a série "Lili, a ex", baseada no quadrinho de mesmo nome de Caco Galhardo (que assina o roteiro de "Mulheres alteradas"), para o canal pago GNT.

"Me inspirei em 'Medo e delírio em Las Vegas' (1998) e Woody Allen. Gosto de filmar comédia em planos sequências. Achar o tempo da comédia na cena inteira é mais divertido do que achar na montagem. Para isso, ensaio bastante e rodo cenas de três ou quatro páginas, sem cortes", detalha.

"Quem faz bem comédia é quem ri. Eu acredito que posso fazer porque me divirto quando faço. A gente tenta fazer com um pouco mais de formato cinematográfico e inteligência, sem deixar de ser uma comédia", frisa.

Para o diretor, a conexão com personagens femininas vem de sua própria experiência de vida. "Mais de 90% das protagonistas de minhas histórias são femininas. Sabe-se lá o porquê. Sempre faço projetos com protagonistas femininas", argumenta. "Eu tenho duas filhas, sou cercado por mulheres e apoio o movimento feminista", destaca.

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