Gal Costa: Nove discos fundamentais da cantora, que completaria 80 anos nesta sexta (26)
Uma das maiores vozes da MPB, baiana morreu aos 77 anos, em novembro de 2022, ao sofrer um infarto fulminante
Nesta sexta-feira (26), Gal Costa (1945-2022) completaria 80 anos, e seria a última dos Doces Bárbaros (formação que incluía Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil) a se tornar octogenária. Para celebrar o legado da cantora, que morreu em novembro de 2022, aos 77 anos, ao sofrer um infarto fulminante, lançamentos e reedições chegam às lojas e plataformas de streaming.
Entre as novidades, gravações extraídas da última apresentação da cantora, no Coala Festival, em São Paulo, em 17 de setembro de 2022, chegam ao streaming e, em 17 de outubro, serão lançadas no álbum "As várias pontas de uma estrela (ao vivo no Coala)". Álbuns fora de circulação serão incluídos no catálogo digital da cantora pela Sony (que detém os arquivos da BMG, onde Gal lançou discos de grande sucesso nos anos 1980 e 90): “Bem bom” (1985), “Lua de mel como o diabo gosta” (1987) e “Gal” (1992).
Para marcar a data de seu aniversário, relembre nove álbuns fundamentais de sua discografia — sem incluir as obras coletivas “Tropicália ou Panis et circencis” (1968) e “Doces Bárbaros” (1976).
‘Domingo’ (1967)
No LP com Caetano, Gal mostrou o quanto era influenciada por João Gilberto. “Coração vagabundo”, interpretado pelos dois, foi o destaque.
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‘Gal Costa’ (1969)
A interpretação roqueira de “Divino, maravilhoso” (de Caetano e Gil), no Festival da Record do ano anterior, tinha apresentado uma nova Gal, tropicalista e de voz ampla. O disco ainda tem “Não identificado”, “Se você pensa”, “Que pena” e “Baby” — as duas últimas em duo com Caetano.
‘Fa-tal – Gal a todo vapor’ (1971)
O álbum duplo, gravado ao vivo, é o item mais célebre da discografia. O início é intimista, com ela ao violão em “Falsa baiana”, “Sua estupidez” e outras. Depois, com a força da guitarra, o som fica pesado em “Vapor barato”, “Dê um rolê e “Pérola negra”. O disco combinava desbunde e reação contra a ditadura, que exilara Caetano e Gil.
‘Cantar’ (1974)
Foi um retorno da Gal de voz mais contida e postura não transgressora, o que lhe rendeu críticas. Ao piano e como compositor, João Donato apareceu em “A rã” (com letra de Caetano, produtor do disco) e “Até quem sabe”. A faixa de abertura era a mais pop e foi o hit: “Barato total”, de Gil.
‘Gal canta Caymmi’ (1976)
O sucesso, em 1975, de “Modinha para Gabriela”, tema da novela “Gabriela”, levou a gravadora Philips a propor um disco só com canções de Dorival Caymmi. “Só louco” e “Vatapá” ganharam versões marcantes.
‘Água viva’ (1978)
Pela primeira vez, Gal gravou Chico Buarque: “Folhetim”. Outro momento alto é “Paula e Bebeto”, parceria de Caetano e Milton Nascimento. A interpretação mais poderosa é a de “Mãe”, canção dilacerante de Caetano.
‘Gal tropical’ (1979)
Estourou com “Força estranha” (Caetano), “Juventude transviada” (Luiz Melodia) e “Balancê”, a marchinha de João de Barro e Alberto Ribeiro. Ela ainda regravou “Índia” e “Meu nome é Gal”.
‘Bem bom’ (1985)
É o disco-síntese de sua fase mais comercial. Tem “Um dia de domingo” (Sullivan e Massadas), em duo com Tim Maia, e “Sorte” (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), em duo com Caetano.
‘O sorriso do gato de Alice’ (1993)
Só com inéditas de Caetano, Gil, Jorge Ben Jor e Djavan, está na seara dos discos cult de Gal.

