Gilberto Gil faz primeiro show após morte de Preta em evento do SP2B
Músico encerrou evento no Ibirapuera que deu a largada para o São Paulo Beyond Business, que acontecerá em agosto do ano que vem
Gilberto Gil emocionou as cerca de 800 pessoas que lotaram o Auditório Ibirapuera na noite de domingo (17) ao se apresentar pela primeira vez após a morte da filha Preta Gil. Após "Tempo Rei", que dá nome à atual turnê, ele tocou "Drão", música que fez para Sandra Gadelha, mãe de Preta. A cantora morreu aos 50 anos, em 20 de julho em Nova York, após um longo tratamento contra o câncer.
“Nas vezes em que tenho tocado essa música ultimamente, tenho cantado para ela. Nesses últimos anos, sempre para ela. Uma das meninas lá de casa, nossa querida Preta”, disse Gil. “Essa música foi feita para a mãe dela”, disse, antes de começar. Ao final, foi aplaudido de pé. Gil fechou os olhos e permaneceu assim por alguns segundos. Em seguida, agradeceu.
Na sequência, Gil tocou "Estrela", de 1997. “Para as crianças lá em casa, quando vai-se alguém, especialmente assim na família, dizemos a elas que virou uma estrela”, contou. Cantou ainda "Punk da Periferia", "Palco", "Aquele Abraço", "Não Chore Mais", entre outros sucessos, num total de 15 músicas.
Leia também
• Gilberto Gil celebra os 78 anos de Drão e revela fotos históricas da mãe de Preta, Pedro e Maria
• Sandra Gadelha recebe feliz aniversário de Gilberto Gil nas redes um mês após morte de Preta
• Bela Gil se ofereceu para ser barriga de aluguel de Preta Gil; veja vídeo
O músico, que se apresentou com os filhos José Gil (bateria) e Bem Gil (guitarra), ambos do casamento com Flora Gil, encerrou a sessão inaugural do São Paulo Beyond Business (SP2B), evento que ainda contou com a presença do executivo Hugh Forrest, ex-diretor de programação do festival South By Southwest (SXSW), e palestra do escritor e historiador Yuval Noah Harari, que também participou de um bate-papo com o jornalista Pedro Bial. A apresentação foi da atriz Mariana Ximenes.
Inspirado no festival SXSW, de Austin, Texas (EUA), o SP2B está marcado para o período de 9 a 16 de agosto de 2026. Ambicioso, deve ocupar com eventos quase todos os prédios de entretenimento do Parque Ibirapuera. A versão fechada deste domingo foi uma espécie de première da conferência principal.
O encontro, organizado no Brasil pela produtora Da20 (a mesma do Rio2C), é anunciado com o propósito de "posicionar São Paulo como um dos grandes epicentros mundiais de inovação, cultura, criatividade e impacto". Na segunda-feira (18), o idealizador do SP2B, o empresário Rafael Lazarini, promove também um jantar para 400 pessoas com executivos de fundos de venture capital, fundadores de startups, acadêmicos e outros profissionais envolvidos em inovação.
Essa mistura aberta de arte com tecnologia e negócios é o que caracteriza também o SXSW, que até abril passado tinha participação ativa de Forrest. A inspiração no evento texano é o que motivou a vinda do americano a São Paulo para o encontro com Lazarini, que aproveitou para anunciar Forrest como novo integrante do conselho de curadoria e gestão do SP2B.
— Esta primeira edição já traduz nossos pilares: diversidade de perspectivas, integração de diferentes áreas do conhecimento, experiências imersivas e, sobretudo, conexões estratégicas entre quem pensa, cria e executa. Em 2026, o que hoje foi uma amostra se tornará uma experiência completa que ocupará todo o Parque Ibirapuera, conectando inovação, cultura, ciência, tecnologia e arte em uma escala inédita na América Latina, afirma.
Segundo Lazarini, apesar de o SP2B ter um escopo amplo, existe um elemento agregador que passa pela arte e pela inovação compondo o critério para a escolha das apresentações.
— O centro desse conceito é uma visão de futuro com uma inovação humanizada, centrada no humano, diz o empresário, que frequenta o SXSW desde 2007 e há vários anos, admite, queria fazer uma versão brasileira do festival.

