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NOVELA

"Guerreiros do Sol": novela do Globoplay reimagina o cangaço em épico de amor e vingança

Com elenco predominantemente nordestino, produção estreia nesta quarta-feira (11)

Portagonistas de "Guerreiros do Sol" são inspirados em Lampião e Maria BonitaPortagonistas de "Guerreiros do Sol" são inspirados em Lampião e Maria Bonita - Foto: Manoella Mello/Globo

Tantas vezes retratado no audiovisual brasileiro, o cangaço ganha releitura em “Guerreiros do Sol”, nova novela da Globo. A produção estreia nesta quarta-feira (11), diretamente no Globoplay e no Globoplay Novelas (canal que substitui o antigo Viva na TV paga), levando para o público uma ficção livremente inspirada em personagens que marcaram a história. 

Apresentada como “um épico de amor, vingança e resistência no sertão brasileiro”, a produção foi criada e escrita pelo pernambucano George Moura, em parceria com Sergio Goldenberg. A direção artística é de Rogério Gomes. 

“A novela é um mergulho profundo no sertão dos anos 1920 e 1930, contando uma história de amor que acontece no meio de uma guerra”, adianta George. A saga gira em torno de Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Thomás Aquino), casal de sertanejos que tem como referencial para a sua construção a trajetória de Lampião e Maria Bonita.

Na trama, Josué Alencar se apaixona por Rosa, mas precisa enfrentar o poderoso Coronel Elói Bandeira (José de Abreu), que também se interessa pela moça. Desafiado pelo rapaz de origem humilde, o rico fazendeiro se vinga, o que acaba causando uma tragédia na família Alencar.

Josué se une aos seus irmãos - Arduíno (Irandhir Santos), Crispino (Ítalo Martins) e Sabiá (Vitor Sampaio) - para fazer justiça com as próprias mãos pela morte do pai. Para isso, ingressam no bando do cangaceiro Miguel Ignácio (Alexandre Nero). Josué ganha cada vez mais protagonismo no grupo, despertando ciúmes em Arduíno, que trai o irmão, é expulso do cangaço e se torna policial. 

Com um pé na realidade
George Moura conta que a ideia inicial era produzir uma obra biográfica sobre as principais figuras do cangaço, o que mudou com o tempo. Mesmo tomando liberdade poética, no entanto, “Guerreiros do Sol” busca manter certa fidelidade aos fatos. O historiador Frederico Pernambucano de Mello, autor do livro que dá nome à novela, trabalhou como consultor da obra.

“Ele foi uma espécie de bússola para dizer o que aconteceu ou não. Embora seja uma novela, a nossa narrativa é realista, naturalista… Não é o cangaço como ele exatamente foi, mas sim como ele poderia ter sido”, afirma o autor.

Com a permissão da ficção, o cangaço ganha novas perspectivas, abrindo espaço para uma participação feminina mais ativa e para a presença de personagens LGBT. “Não ser o Lampião e a Maria Bonita nos deu a liberdade de criar outros caminhos. Em 1920, as mulheres eram vistas como rivais umas das outras. Essa história é reescrita para passar uma mensagem de sororidade”, comenta Isadora Cruz, que é paraibana.

Atores pernambucanos estão no elenco da novela (Foto: Manoella Mello/Globo)

O elenco da novela é majoritariamente nordestino. Thomás Aquino, assim como todos os intérpretes dos “irmãos Alencar”, são pernambucanos. Além deles, Marcélia Catarxo (Dona Generosa), Alice Carvalho (Otília), Luiz Carlos Vasconcelos (Bosco), Pedro Wagner (Pente Fino), Larissa Goes (Petûnia) e Rodrigo Garcia (Cheiroso) surgem como talentos da região em papéis de destaque. 

Parte das filmagens ocorreram no Rio de Janeiro e outra parte em locações próximas às cidades de Piranhas e Delmiro Gouveia, em Alagoas, e Canudos e Paulo Afonso, na Bahia. A novela chega ao público em 45 capítulos. No serviço de streaming, serão liberados cinco por semana, sempre às quartas-feiras. No canal linear, eles serão exibidos de segunda a sexta-feira, às 22h40.
 

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