'Hoje não dá para fazer o humor dos Trapalhões', diz Dedé Santana
"Se não fosse Carlos Alberto de Nóbrega, a dupla Dedé e Didi talvez não existisse", afirma o ator
Dedé Santana foi ao programa The Noite de quinta-feira (15) divulgar a peça "Palhaços", que estreia nesta sexta-feira (16) no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, e falou sobre o politicamente correto que atinge o humor nos últimos anos. Ele acredita que as piadas que contava com Renato Aragão, Mussum e Zacarias dos anos 70 ao início dos 90 não seriam aceitas atualmente.
"Hoje ia dar problema. Os Trapalhões faziam isso sem maldade. Hoje não dá para fazer, nem em circo. Tem palhaço sendo chamado na delegacia por causa de reclamação. Está virando uma coisa chata", desabafou o humorista, que já dirigiu o extinto programa.
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"Não posso dizer que dirigia, eu guiava eles. Quem era meu assistente de direção era o Carlos Alberto de Nóbrega. Se não fosse Carlos Alberto, a dupla Dedé e Didi talvez não existisse", afirma, explicando que o dono do banco de A Praça é Nossa mentia para o pai, Manoel de Nóbrega, dizendo que tinha prova no colégio e não poderia contracenar com Aragão na Praça da Alegria, permitindo que Dedé dividisse algumas cenas com ele.
Ele conta que, quem for ao teatro assisti-lo vai se surpreender. "Quando veio o texto me deu um arrepio e fiquei nervoso, pensando que não iria conseguir fazer. É um papel que me leva ao drama, à tragédia. Eu sou ajudante de palhaço, não sou ator"