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John Wick retorna em ação frenética

Bruce Willis, Nicolas Cage, Liam Neeson - vários atores já interpretaram esse tipo.

Keanu Reeves retorna a personagem em “John Wick - Um Novo Dia para Matar”Keanu Reeves retorna a personagem em “John Wick - Um Novo Dia para Matar” - Foto: Paris Filmes/Di

SÃO PAULO (Folhapress) - “John Wick - Um Novo Dia para Matar” é o melhor que se pode esperar de uma continuação no cinema. Tem todos os elementos bacanas do primeiro filme, mas tudo ampliado. Nesse filme, isso quer dizer que há uma dose maior de lutas, vilões, diálogos rápidos e certeiros, mortes. E tem de novo Keanu Reeves, num personagem que ele nasceu para interpretar. Sem o ator, o primeiro “John Wick” (2014), de título brasileiro “De Volta ao Jogo”, seria mais um filme de matador profissional aposentado que é obrigado a retomar o trabalho. Bruce Willis, Nicolas Cage, Liam Neeson - vários atores já interpretaram esse tipo.
Mas a franquia “John Wick” é um projeto singular. É a estreia como diretor de Chad Stahelski, um professor de artes marciais que fez carreira como dublê e consultor de lutas para vários filmes, entre eles a trilogia “Matrix”, na qual fingiu ser Keanu Reeves nas cenas mais arriscadas. Os dois trabalharam como ator e dublê em nove filmes, desde que se encontraram em “Caçadores de Emoção”, em 1991. Keanu incentivou o amigo em sua ideia de um filme de ação baseado em lutas coreografadas ao extremo, em que cada soco ou pontapé fosse esteticamente impressionante. Daí nasceu John Wick, um assassino profissional que é uma lenda entre seus iguais.
Aposentado e recém-viúvo, vivia com seu cachorrinho no primeiro filme. Mas o filho de um chefão da máfia russa cruzava seu caminho, sem saber quem ele era. O bandido e seus capangas surraram Wick, roubavam seu carrão vintage e, pior, matavam o cão.

Wick partia para a vingança, e a proteção que o pai do mafioso oferecia não adiantava em nada. Numa sequência vertiginosa de lutas e tiroteios, Wick fazia vingança deixando 76 cadáveres pelo caminho. Nessa continuação, Wick é obrigado a cumprir uma última missão para que a organização mundial de matadores dê sossego a ele.
Essa associação criminosa é cheia de regras e segue uma ética muito particular. O primeiro filme apresentou um hotel em Nova York que servia como território neutro do pessoal. Lá dentro, ninguém podia matar ninguém, mesmo que algum hóspede esteja com a cabeça a prêmio. Wick passa a ser perseguido por seus pares quando não executa seu alvo. Começa o pandemônio de confrontos e ele deixa mais de cem mortos. A ousadia visual do filme é associada a uma utilização incrível do som. Um completo impacto sensorial.
Mas isso não bastaria sem Keanu Reeves. Com cara de pedra e voz de super-herói, dispara frases que parecem saídas de balões de HQ. E elas pontuam a trama com humor e cinismo. Apesar do sucesso do ator entre o público feminino, “John Wick” é um filme para meninos. Para quem brincou de “Forte Apache”, ou, para as gerações mais novas, jogou muito “GTA”.

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