"Largados e Pelados - A Tribo" leva brasileiros para desafio de sobrevivência na savana africana
Reality show tem episódios novos lançados semanalmente, aos domingos, no Discovery e na HBO Max
“Largados e Pelados - A Tribo”, spin-off do famoso e inusitado reality show de sobrevivência, ganhou sua primeira edição brasileira, que estreou na TV por assinatura e no streaming. O terceiro episódio vai ao ar neste domingo (21), às 22h20, no Discovery e na HBO Max.
O novo formato reúne dez ex-participantes de temporadas anteriores do já consagrado “Largados e Pelados Brasil”. Conhecidos por quem assiste à franquia, todos já encararam o desafio de terem que sobreviver em um lugar inóspito, durante 21 dias, sem roupas.
“A gente entende que esse é um presente para os fãs. São participantes que se deram muito bem em suas temporadas e, por isso, boa parte do público sente apego por eles”, destaca Luciana Soligo, gerente de conteúdo de não-ficção da Warner Bros. Discovery, em entrevista à Folha de Pernambuco.
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Outro diferencial do spin-off é a locação escolhida. Desta vez, o reality foi filmado no famoso Parque Nacional Kruger, na África do Sul, considerado o cenário mais desafiador por quem já acompanha a franquia. É a primeira vez que uma equipe brasileira do “Largados e Pelados” grava no local.
“Eles estão no mesmo ambiente que búfalos, elefantes e crocodilos do nilo. Tem animais de fato perigosos ali. Toda a estrutura de segurança lá é muito específica para poder funcionar”, afirma Luciana.
O argentino Gerardo Brandy - diretor da Nippur Media, que produz o programa para a WBD - ficou responsável pela produção geral e viu o perigo de perto em muitas situações. “Para dar um exemplo, nossa equipe se encontrou mais de quatro vezes com serpentes mamba-negra no nosso acampamento. Todos tinham que estar comprometidos com o conteúdo, entendendo que não eram férias”, comenta o produtor.
Sem comida, sem água e sem roupas, os participantes precisam aprender a sobreviver juntos. Além das adversidades da savana africana, eles precisam encarar as dificuldades da convivência. “Agora, eles têm 30 dias para conseguir completar. O tempo maior nesse contexto é bastante difícil, mas facilita a interação social. São pessoas de todas as regiões do Brasil, com culturas muito diferentes. É claro que as brigas acontecem, mas todos podem chegar até o final. O grande desafio é de cada um com sua própria mente, suas habilidades e a saudade de casa”, aponta Luciana.
Formato criado há mais de dez anos nos Estados Unidos, “Largados e Pelados” acumula admiradores ao redor do mundo. No Brasil, a versão tradicional do reality já ganhou três temporadas desde 2021. “Percebemos pela nossa audiência que o público gosta de ver como as pessoas se viram em situações desvantajosas. O sucesso do conteúdo tem a ver com esse caráter da superação, de se provar mais forte”, diz Luciana.
Gerardo Brandy teve a chance de produzir versões do programa em outros países, como México e Espanha, e aponta o diferencial dos brasileiros ao participarem do desafio. “Em outros países, encontramos problemas para encontrar gente com o desejo de participar e o conhecimento necessário. Já no Brasil a dificuldade é que tínhamos candidatos demais”, conta o argentino.
Outro diferencial dos brasileiros apontado por Gerardo é a facilidade de lidar com a nudez diante das câmeras. “A liberdade que o brasileiro tem para se expressar, mesmo pelado, é única. No resto da América Latina, essa situação era mais complicada para eles. Os brasileiros encaram com naturalidade, assim como os europeus”, compara.

