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"Lei do Amor' aposta na simplicidade e talento de seus atores

Emissora pa­rece bus­car um meio ter­mo para garantir alguma diversidade e coerência ao horário das no­ve

Tio Drew Tio Drew  - Foto: Internet / Reprodução

 

Se a palavra de ordem do setor de teledramatur­gia da Globo for “e­qui­lí­brio”, “A Lei do Amor” é a novela na hora e no lugar cer­­tos. Depois da baixa reper­cussão de tramas urbanas co­mo “Babilônia” e “A Regra do Jo­go”, e do tom exageradamente poé­tico ruralista de “Velho Chi­co”, a emissora pa­rece bus­car um meio ter­mo para garantir alguma diversidade e coerência ao horário das no­ve. A empreitada tem lá sua ousadia ao marcar a estreia da dupla Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari na faixa.
A mistura se mostra bem azeitada. A fictícia cidade de São Dimas acaba por situar “A Lei do Amor” entre as apostas das produções anteriores. Sóbria e de bom gosto, a novela acerta ao não se levar tão a sério. Prova disso são as brincadeiras de Amaral e Villari para homenagear a teledramaturgia nacional em ações e personagens da novela.

Com razão, o primeiro a ser homenageado foi Cassiano Ga­bus Mendes, de quem a dupla de autores ressuscita o clã Venturini na pele do senador vivido por Otávio Augusto. A família era quem dava as cartas em “Meu Bem, Meu Mal”, novela de Cassiano na qual Amaral fez sua estreia como colaboradora em tramas da Globo. O prólogo de cinco capítulos ambientado na segunda metade dos anos 1990 tem seus momentos mais engessados. Mas a direção luminosa de Denise Saraceni parece ajudar o elenco a driblar possíveis limitações.
O destaque da primeira sema­na fica por conta de Isabel­le Drummond e Chay Suede na pele dos apaixonados Helô e Pedro, que, de forma bem pen­­sada, ficam a cargo de Clau­­dia Abreu e Reynaldo Gianecchini na segunda fase da produção. Outros pontos for­tes dos capítulos iniciais fo­­ram a presença de Denise Fra­ga, Vera Holtz e Tarcísio Meira.
Quanto mais próxima a ambientação, mais complexo é fa­zer um retrato fiel. E as opções artísticas da trama deixaram a desejar em termos de cenários, figurinos e caracte­ri­zação que evidenciem o caráter “noventista” das sequên­cias. Nada que tire o mérito da produção, mas o resultado é irregular. Embalada por bela trilha sonora, a novela ainda tem a seu favor uma das mais inspiradas aberturas dos últimos tempos. Res­peitando a máxima de que “menos é mais”, “A Lei do Amor” entrega elegância em embalagem econômica.

 

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