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MC Loma e as Gêmeas Lacração têm feito o Brasil tremer

Paloma Silva Santos, 15 anos, a MC Loma, diz que não responderia a comentário racista da falsa socialite Day McCarthy

MC LomaMC Loma - Foto: Reprodução/Instagram

"Moçaaa, vai demorar muito ainda? Porque eu tenho que ir...", disse pelo telefone a pernambucana Paloma Silva Santos, 15 anos, mais conhecida como MC Loma, o fenômeno instantâneo do brega-funk que conquistou o Brasil. A entrevista de meia hora com a Folha de Pernambuco foi tão descontraída quanto uma conversa com uma amiga de escola.

"Oi, meu amor", disse Loma ao pegar telefone, com a naturalidade com a qual provavelmente conversa com as Gêmeas Lacração. Aliás, era possível ouvir as vozes de Mariely e Mirella Santos, 18 anos, ao fundo, enquanto Loma falava da amizade, que só começou há cerca de dois anos.

"Nos conhecemos desde que eu era pequena. Moramos perto, a cinco minutos [umas das outras]. Elas são amigas do meu irmão. Mas achava elas chatas porque tudo o que eu fazia elas contavam para minha mãe", lembra Loma. Lá atrás, vozes gritaram: "Era pro seu bem!", disseram as gêmeas. "Eu era muito virada antigamente", admite Paloma.

Porém, foi graças a essa personalidade extrovertida que ela virou a frontwoman do grupo, já que são as meninas quem compõem. No entanto, na hora de cantar, elas ficam envergonhadas. Nem por isso deixam de 'lacrar'. "Elas chegam num lugar e todo mundo olha porque elas arrasam", elogia a amiga.

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O sucesso atingido com a música "Envolvimento" já era esperado, segundo a MC, porque as meninas já haviam gravado, em dezembro passado, 'Meu Ritmo'. Mas a música inicial foi apagada do Youtube porque a base utilizada não foi autorizada pela plataforma de vídeo. Antes disso, teve mais de dois milhões de acesso.

Mesmo assim elas não esperavam chegar a mais de sete milhões de visualizações com o clipe "Envolvimento", gravado no banheiro da casa da avó de Paloma, em Jaboatão dos Guararapes, cidade onde residem, por enquanto.
Desde que a cantora Anitta chegou junto e levou as meninas para subir ao palco com ela em um show pré-carnavalesco no Recife, a fama chegou quicando e subindo até as nuvens. "Sou fã dela e de Lady Gaga. O show foi ótimo; ela tratou a gente super bem; ela é muito humilde", derrete-se Loma.

Novo clipe
Não deve demorar para o trio mudar para São Paulo - onde está atualmente para divulgar a carreira e o novo clipe, "Treme Treme", lançado na última sexta-feira (e que já contabiliza mais 5,2 milhões de visualizações).



"A gente tá sendo reconhecida na rua, dando autógrafo, tirando foto...", conta Loma. A popularidade trouxe também dinheiro às meninas do subúrbio da Região Metropolitana do Recife, que nunca tinham comido um McDonald's. "Agora comecei a comer todo dia e adoeci da barriga. Aí parei um pouco", confessa a MC, que sonha em conhecer a Disney. "Só não sei quando. Mas vamos, se Deus quiser".

Outro desejo é ajudar a família e terminar os estudos, como querem os pais. E o irmão vai junto nessa. Paulo César Silva Santos, 19, também tem tudo a ver com isso. Foi ele que pensou no make neon e no figurino shortinho com body de estampa tropical ou de escama de peixe.

Quanto aos conhecidos que antes chamavam MC Loma de feia e que agora querem se aproximar, ela leva numa boa. "Acho normal. Trato bem". Já a resposta ao comentário racista de Day McCarthy, que a chamou de 'macaca', Loma garante que veio de um perfil fake. "Não ia responder. Ela quer moral", dispara. Sobre as críticas aos altos cachês e cancelamentos de shows, como o do bloco Camburão da Alegria, em Olinda, que chegou a negociar com elas, mas voltou atrás, Loma disse não saber responder.

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