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Na expectativa para o avanço da restauração do Mispe

Projeto de restauração está concluído, mas verba não está garantida

Josildo SáJosildo Sá - Foto: Divulgação

 

Situado no casarão de número 379 da Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (Mis­pe) é um equipamento cultural que faz falta para o povo pernambucano. Importante espaço para a preservação da memória do nosso audiovisual, ele está fechado para reformas desde o ano de 2008 e ainda não há previsão de rea­bertura. Entretanto, o proces­so para reinaugurá-lo avançou mais uma etapa. A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsável pela administração do local, está com o projeto de restauração em mãos e, agora, começa a planejar a execução da obra.

O plano de requalificação do museu, incluindo seu orça­mento total, já foi finalizado pela empresa responsável. O valor, que gira em torno de R$ 3,2 milhões, será capitanea­do através dos meios cabí­veis. “A gente vai tentar to­das as alternativas, seja Lei Rouanet, emenda parlamentar ou recursos próprios. Nu­ma crise como essa, não dá pa­ra ficar batendo numa por­ta só”, afirma a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, em entrevista ao Diversão&arte.

Fundado nos anos 1970, o Mispe possui um acervo de mais de 25 mil peças, incluindo partituras musicais, películas de filmes e equipamentos de gravação e filmagem. Depois que a sede foi fechada, esse material foi transferido para a Casa da Cultura, onde está disponível apenas para pesquisadores com autorização prévia. Entre os materiais pertencentes à instituição, está uma coleção doada pela TV Universitária, que contém mais de 1.500 reportagens em vídeos de 16mm, a maioria de cunho político-social. “Infelizmente, esse acervo não pode ser acessado pelo público geral e nem está armazenado sob condições ideais. Com o potencial que a nossa produção audiovisual tem, isso é uma contradição. Por esse motivo, a reabertura do museu é uma prioridade para nós”, garante Márcia.

O espaço foi fechado por problemas estruturais, sobretudo, no telhado. Do encerramento das atividades até esta segunda, só foram realizadas pequenas reformas no local, com o objetivo de estancar a deterioração do imóvel. A ideia é que, agora, o equipamento passe por uma revitalização total, preservando suas características originais e modernizando sua estrutura. Só depois que a verba necessária estiver garantida, poderá ser iniciada a licitação para execução da obra.
No projeto de requalificação desenvolvido, os três pavimen­tos do museu serão ocupados por três salas de exposição, pátio interno, café, áreas administrativas, biblioteca, dois auditórios, salas de pesquisa, laboratório fotográ­fico, sala de conservação e área de guarda de acervo. “Ain­da falta discutir a parte da expografia, que ainda não foi esmiuçada. Precisamos nos debruçar sobre o acervo pa­­ra decidir como trabalhar com ele. Isso já envolverá outra licitação, mas não impe­de de a gente executar o que já estiver pronto”, adianta a gestora que, no entanto, prefere não apontar um prazo pa­­ra entrega da reforma concluída.

 

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