Não conhecia o ator Gene Hackman? Veja 9 filmes dele para assistir em streamings
Ator ganhou dois dois Oscars e quatro Globos de Ouro por filmes como "Operação França" e "Os imperdoáveis"
Embora Gene Hackman, que morreu aos 95 anos, tenha sido uma das estrelas mais duradouras e reconhecidas de Hollywood, era quase impossível classificá-lo.
Ao longo de uma carreira de cinco décadas, ele interpretou policiais, vilões e outros personagens em thrillers, comédias e sucessos de bilheteria. Entre seus prêmios, estão dois Oscars e quatro Globos de Ouro, incluindo, em 2003, o Prêmio Cecil B. DeMille por contribuições excepcionais ao entretenimento.
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Aqui estão algumas de suas performances mais notáveis.
"Operação França"
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O primeiro papel de destaque de Hackman foi como Jimmy “Popeye” Doyle, um policial que investiga um acordo de heroína em “Operação França”, de William Friedkin. Hackman ganhou o Oscar de melhor ator por essa performance, e os críticos imediatamente reconheceram sua qualidade de estrela.
Stephen Farber, resenhando o filme para o "New York Times", disse que Hackman havia trazido “um novo tipo de herói policial” para a tela.
Seu personagem era “brutal, racista, desbocado, mesquinho, compulsivo, lascivo”, escreveu Farber, “mas mesmo em seu momento mais assustador, ele é reconhecidamente humano”.
"A conversação"
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Hackman nem sempre concordava com os diretores, mesmo quando trabalhou com Francis Ford Coppola em “A conversação", de 1974. O filme conta história de um especialista em vigilância cuja paranoia natural se transforma em mania durante um trabalho especialmente difícil.
Hackman teria ficado irritado com as instruções vagas de Coppola e as exigências por mais improvisação. Talvez por causa dessa confusão e frustração, ele entregou o que muitos críticos chamam de sua melhor performance na carreira como um homem perpetuamente nervoso, atrapalhado nas interações humanas mais cotidianas.
O filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 1974.
"Bonnie e Clyde"
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Embora o sucesso de Hackman tenha vindo com “Operação França”, ele havia conseguido sua primeira indicação ao Oscar anos antes com “Bonnie e Clyde”, de 1967. O filme deu início à era “Nova Hollywood” do cinema americano e apresentou ao público uma onda de novos rostos e cineastas com ambições estéticas.
O diretor Arthur Penn ajudou a transformar a história real dos ladrões de banco da era da Depressão, Clyde Barrow (Warren Beatty) e Bonnie Parker (Faye Dunaway), num estudo lírico e sangrento do sonho americano.
Hackman interpretou o irmão mais velho e quadrado de Clyde, Buck, e representou todos os robustos moradores do Centro-Oeste que não conseguiam deixar de se apaixonar pelo romance dos bandidos.
"Superman: O filme"
Onde assistir: Max
Na década de 1970, Hackman ficou conhecido como um dos atores mais esforçados de Hollywood, completando filmes em um ritmo frenético, como mostram suas aparições na franquia “Superman”.
Enquanto filmava seu papel como o arqui-vilão Lex Luthor para a primeira parte, Hackman simultaneamente filmou suas cenas para a sequência, “Superman II”.
"Momentos decisivos"
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Em 1986, Hackman estrelou um dos grandes dramas esportivos sobre azarões. Baseado na história real de uma pequena escola de ensino médio de Indiana que competiu de forma improvável pelo campeonato estadual, “Momentos decisivos” extrai sua força tanto da performance de sua estrela quanto de sua história leve.
Hackman faz um treinador temperamental que confia em sua mente tática e habilidade de inspirar heróis improváveis (incluindo um treinador assistente alcoólatra interpretado por um Dennis Hopper indicado ao Oscar).
Os momentos edificantes do filme são bem construídos, a partir de cenas que mostram como até mesmo os inteligentes, talentosos e bem-intencionados podem fazer escolhas ruins e, então, aprender com elas.
"Mississippi em chamas"
Onde assistir: Prime Video
O principal filme de Hackman na década de 1980 foi “Mississippi em chamas”, no qual ele interpretou um agente do FBI que usa táticas violentas para ajudar na investigação do assassinato de três ativistas dos direitos civis, nos anos 1960.
Na época do lançamento, especialistas em direitos civis criticaram o filme por ficcionalizar o assassinato real de três homens, mas muitos críticos de cinema e fãs elogiaram a performance “dolorosamente plausível” de Hackman, o que levou à sua segunda indicação de melhor ator.
"Os imperdoáveis"
Onde assistir: Max
Hackman ganhou seu segundo Oscar — como melhor ator coadjuvante ,em 1993 — por “Os imperdoáveis”, no qual interpreta um xerife sádico de uma cidade pequena que enfrenta uma série de caçadores de recompensas, incluindo aquele interpretado por Clint Eastwood.
Na crítica do filme no "Times", Vincent Canby disse que Hackman “se delicia” com o papel, e notou uma mudança no ator: “Chega de Sujeito Bonzinho.”
"Maré vermelha"
Onde assistir: Disney+
Este filme de guerra de tirar o fôlego deriva muito de sua tensão e drama da maneira como Hackman interpreta o capitão do submarino Frank Ramsey, um homem que coloca seus próprios instintos acima do protocolo.
Quando seu submarino está no meio de um impasse com russos desonestos, Ramsey faz escolhas que preocupam seu segundo em comando (Denzel Washington), desencadeando um motim no qual nem os insurgentes nem os legalistas estão totalmente certos ou errados.
"Os excêntricos Tenenbaums"
Onde assistir: Disney+
Hackman também foi um aclamado ator de comédias. Em 2001, ele estrelou "Os excêntricos Tenenbaums", de Wes Anderson, como um advogado destituído que tenta se reconciliar com seus filhos excêntricos.
A.O. Scott, em sua crítica no "Times", disse que Hackman tinha “a incrível habilidade de registrar beligerância, ternura, confusão e astúcia no espaço de algumas linhas de diálogo. Você nunca sabe para onde ele está indo, mas sempre acaba sendo exatamente o lugar certo.”